Ser poeta é não ter descanso, nem no remanso. Manso é o mundo dos tolos.
Poetas choram e se arrepiam. E rodopiam, tontos de sono.
Preciso escrever e descrever meu olhar supra real sobre o mundo.
Mundano.
Danem- se os covardes. Os que não sangram e não se amassam.
Não estou nem aí pros que saem engomados dos armários.
A essência está em pelos arrepiados.
E sou toda lágrimas a todo instante.
Descansem olhos, meus supra olhos. Descansem e me dêem descanso.
Pois, preciso escrever e dormir. O sono dos justos, por justa causa.
Mil pílulas entorno. No entorno da minha cama.
Meu anjo loiro ressona.
Como são longas as horas e curtas as palavras. Nelas não cabem meu apelo. Pelo menos queria dormir…
Meus dentes, bem os tenho na boca. Alinhados e brancos.
Mas o sorriso não me é fácil
Invejo as gargalhadas espontâneas.
As risadas de Leila ecoando aos quatro cantos do apartamento.
Enquanto o sol entra pelas janelas
Ilusões juvenis, não mais as tenho
Paixões? Quem me dera ser poeta…
Texto de :
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.