Poesia de Blima Bracher em homenagem a Vinicius de Moraes
Porque me chamas escrita?
Porque me pões à deriva?
Porque me achar tão aflita?
Queria apenas o dia,
Em que leve o riso te adia.
Atendo ao chamado das letras.
Pois que me enlevas enredo.
Em levas mexo meus dedos
Jorras da mente ao papel.
Hoje veio em poesia
Acaso ao poeta darias
Detalhes em versos faria
Não quero essa melodia.
Mas ia perder-te
Se não obedecesse essa veia
Que em meu corpo sacia
Sua sede de gritaria
Quero Alegria Alegria
Vinicius em doce compania
Cumpadre, cumpleanõs vadias
Tardes nunca vazias
Copos, cozinhas e as guias
Abre a janela, que a fumaça embriaga
Meu vatapá que preparei na Bahia.
Ah Bahia…
Alegria Alegria
Blima Bracher (Homenagem ao imenso “Poetinha, que conheci criança, no ateliê de papai, numa tarde em Ouro Preto)
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
O dia tão distante, no tempo que nunca passou!