Juliano Azevedo retrata a mineiridade em dois livros - Blima Bracher
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Juliano Azevedo retrata a mineiridade em dois livros

O jornalista mineiro e professor universitário Juliano Azevedo sempre foi apaixonado por traduzir em palavras seus momentos, vivências e os casos interessantes que vivia. “Antes era apenas um sonho, um desejo de me expressar, contando histórias, revelando segredos, compartilhando momentos – meus e dos outros. Relatava os casos em diários. Com a tecnologia, passei a usar um blog na internet. Em seguida, os escritos foram publicados na imprensa. Foram tantos, mais de 200 crônicas, artigos, minicontos”, relembra. Os textos diversos ganharam corpo para se transformarem em livros.

São duas obras, com 40 crônicas cada, que retratam temas do cotidiano. Em “Uniformes”, estão os pensamentos e análises do autor, de acordo com os diferentes personagens no cotidiano. Ele fala do homem romântico, do cidadão crítico, do jornalista, do professor, do mineiro. Fala também do Brasil, de Minas, do mundo, dos diferentes uniformes, mostrando que somos seres únicos apesar das fantasias que temos de vestir para se adaptar à sociedade. “Em UNIFORMES, mostro que em busca de identidade, as pessoas se transformam em personagens criados pela imaginação ou pelos estereótipos sociais, mas também naqueles arquitetados por tribos incomuns como emos, neogóticos, punks, hipsters… Eu sou a mistura daqueles com quem convivi. Sujeitos diversos, complexos, alegres, medrosos, esperançosos. Sou a mistura de eus. Nessa coletânea de crônicas, apresento-me ao mundo por meio dos meus diversos personagens, das máscaras que andei vestindo para, afinal, dizer que sou muitos num mesmo eu. E quem não é? Somos muitos, mas com essência única”, relata o escritor. Ele conta ainda que o título é uma referência à música Uniformes da banda Kid Abelha, conjunto que é fã desde a infância.

Já no livro “Pé de Abacate”, Juliano faz uma homenagem às suas raízes. Em diferentes momentos, o personagem é a sua terra natal, Bom Despacho, cidade do interior de Minas, cenário de histórias familiares, de personagens pitorescos, de situações cômicas e algumas reflexivas. Não é uma obra autobiográfica, mesmo o autor escrevendo sobre as passagens da infância e da adolescência, já que ele relata as histórias que muita gente viveu. São lembranças, nostalgias, casos divertidos. Para emocionar, rir e recordar. “Remexendo nos pensamentos da minha infância, tentando resgatar traços da memória perdida, lembrei-me de vários momentos que vivi percorrendo uma das mais longas ruas de Bom Despacho. Esse pequeno pedaço de terra cercado pelos rios Picão, Lambari e São Francisco deixa saudade naqueles que bebem o marcante cafezinho da cidade. Assim surgiu a ideia do livro PÉ DE ABACATE, árvore marcante da minha vida, local onde aprendi a contar histórias, pois foi debaixo dele que ouvi muitos casos”, revela.
O livro Uniformes possui ilustrações produzidas por designers gráficos, ex-alunos de Juliano Azevedo, que contribuíram com desenhos relacionados ao tema de cada capítulo. A capa remete às transformações de um sujeito por meio da mistura de recortes de objetos comuns. Em Pé de Abacate, as páginas capitulares possuem o trabalho da fotógrafa bondespachence, Ana Paula Assis, do Book Studio, que contribuiu com imagens características de Bom Despacho para ilustrar o livro. A capa também é uma obra de arte, produzida pelo artesanato de uma prima, Margarete Azevedo, que trabalha com decoração de caixas.
www.blogdojuliano.com.br

Anota aí:

Lançamento dos livros Uniformes e Pé de Abacate

28 de abril, sexta, 19h

Centro de Educação Arte e Cultura (CEAC)

Colégio Millenium, rua Padre Vilaça, 95, Bom Despacho.

6 de maio, sábado, às 10h

SouCafé – Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)

Praça da Liberdade, 450, Belo Horizonte

Com:

#blimabracher @blimabracher

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Maria de Fátima Oliveira Nunes Rodrigues

Juliano, estou lendo Pè de Abacate, aliás devorando. Que alegria está sendo passear pelas páginas do livro, quantas recordações em comum, chego a sentir o gosto do Pêssego descrito minuciosamente em beijo de pêssego e a sentir as bolhinhas do quaraná pon chic( o meu preferido era o pon chic) e o furinho na tampinha pra durar mais… parabéns meu amigo, sucesso e que venham outros e mais outros e mais outros…

Maria de Fátima Oliveira

Juliano, estou lendo Pè de Abacate, aliás devorando. Que alegria está sendo passear pelas páginas do livro, quantas recordações em comum, chego a sentir o gosto do Pêssego descrito minuciosamente em beijo de pêssego e a sentir as bolhinhas do quaraná pon chic( o meu preferido era o pon chic) e o furinho na tampinha pra durar mais… parabéns meu amigo, sucesso e que venham outros e mais outros e mais outros…