Conhecida como a "Bélgica brasileira", Minas se destaca pelo mercado crescente das cervejas artesanais - Blima Bracher
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Conhecida como a “Bélgica brasileira”, Minas se destaca pelo mercado crescente das cervejas artesanais

É cada dia maior a procura por rótulos artesanais. O brasileiro está descobrindo que, abandonar as tradicionais marcas industrializadas pode ser muito saboroso. Abre-se um leque enorme de possibilidades para degustar novas marcas, ingredientes inusitados e métodos diferentes de produção cervejeira.

Dentro deste panorama, Minas se destaca, sendo até Conhecida como a “Bélgica brasileira”. Já são mais de 45 cervejarias artesanais a pleno vapor, com a produção de quase 14 bilhões de litros ao ano.

A pioneira no ramo foi a Krug Bier, aberta pelo austríaco Hervig Gangl em 1997. Hoje a fábrica fica em Nova Lima e é possível visitá-la, com visita guiada de 2h.

Também a Backer tem seu templo cervejeiro, que fica no Jardim Canadá e onde a visita dura cerca de 1h, com degustação e opções de harmonização no restaurante.

Aberta em 1999 a Wälls produz 12 rótulos a oferece tour de 30 minutos, onde o mestre cervejeiro apresenta o processo de fabricação da bebida e as matérias-primas.

Em Ribeirão das Neves, os irmãos Falcone, fundaram a Falke Bier. Na visita guiada pela fábrica, é possível ver desde a plantação de de cevada e lúpulo, até a harmonização com queijos.

Em Oliveira, o destaque especial é a cerveja Siberiana. Com os rótulos Amber Abbaye Ale, Belgian Blond Ale, Pale Ale , Porter, Weiss, Summer Ale e Witbier, a marca vem conquistando cada vez mais apreciadores. O fabricante é Wendel Mesquita.

Já em Santana dos Montes, a Loba tem sua história ligada à família proprietária da Fazenda Guarará e era oferecida a amigos. Hoje, o estabelecimento produz cinco cervejas e um chope, e aceita visitas agendadas, que incluem a degustação de três rótulos.

Em Monte Verde, o território é da Fritz. Fundada pelo cervejeiro Jörg Franz Schawbe, a fábrica também oferece tour para visitantes.

E, na onda de expansão do mercado, a Cerveja Vinil acaba de se relançar no mercado cervejeiro brasileiro e promete muitas novidades ainda para 2017. Antes parte do trio da Cervejaria Inconfidentes (Jambreiro, Vinil e Grimor), agora a Vinil se reapresenta no mercado em formato solo. Nesta nova fase da empresa, Daniel Pinheiro, Fabrício Bastos e Ricardo Marques tem o apoio de dois novos sócios: Gustavo Moreira e Carlos Ruttemberg.

A Cerveja Vinil mantém a estrutura da Cervejaria Inconfidentes no Jardim Canadá (Nova Lima) e, graças à chegada dos novos sócios, foi possível implementar um novo plano de negócios que inclui investir em marketing estratégico, gestão, estruturação de seu departamento comercial, maquinário e pessoal. O objetivo é atingir em dois anos a meta de 50 mil litros produzidos por mês (hoje atinge a marca de 15 mil litros/mês), com investimentos em expansão de adega e maquinário de envase.

“A planta passará gradativamente por expansão de sua adega de fermentadores. A cozinha da Cervejaria Inconfidentes tem capacidade nominal de produção de 120 mil litros/mês, o que significa que em resposta à demanda podemos expandir rapidamente a produção apenas com a aquisição de tanques fermentadores. Consequentemente ao aumento de produção, os equipamentos para envase de barris e garrafas também deverão ser ampliados em capacidade de produtividade”, explica Gustavo Moreira.

Fabrício Bastos adianta que ainda este ano, no mínimo dois novos rótulos serão lançados. “Um deles é uma receita que vem desde a nossa época de cervejeiros caseiros. Uma Imperial IPA, com potentes 8% de teor alcoólico e 75 IBUs (índice de amargor). Nossa preocupação é lançar cervejas sempre alinhadas com a demanda dos consumidores, seja pelo paladar, seja pelo custo. O outro ainda é surpresa”. Hoje, a Vinil possui seis rótulos: a Vinil 33 rpm – Bohemiam Pilsener; a Vinil 45 rpm – British IPA; a Vinil 78 rpm – Stout; a Vinil Tropicália lado A – Weiss; a Vinil Tropicália lado B – Hop Weiss; a Vinil Baba ESB – Extra Special Bitter, além do chopp German Pilsen puro malte. Todos em versão garrafas e chopp, exceto o último que é comercializado apenas como chopp.

Foto de capa: Virgílio de Barros

Com:

#blimabracher @blimabracher

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Ludwig von Mises

Acho engraçado como o ‘mainstream’ cervejeiro insiste em menosprezar a Hofbräuhaus Belo Horizonte, a primeira e única da América Latina, berço da Oktoberfest. Eles tem algumas das melhores e mais tradicionais cervejas do mundo, fabricadas aqui mesmo em BH. Será que são tão insignificantes a ponto de nem serem citados?

Clayton Sousa

Por favor, tem informações para que eu inclua na pauta? Obrigada

Ludwig von Mises

Acho engraçado como o ‘mainstream’ cervejeiro insiste em menosprezar a Hofbräuhaus Belo Horizonte, a primeira e única da América Latina, berço da Oktoberfest. Eles tem algumas das melhores e mais tradicionais cervejas do mundo, fabricadas aqui mesmo em BH. Será que são tão insignificantes a ponto de nem serem citados?

Blima Bracher

Por favor, tem informações para que eu inclua na pauta? Obrigada