Crônicas

Dirilis: série traz olhar turco sob o Ocidente

Depois de assistir a “Vikings” e “The Last Kingdom”, confesso que fiquei meio órfã daqueles personagens que me povoavam a mente e me punham pra dormir nesta quarentena sem fim. Cheguei a procurar indicações próximas ao gênero, pois gosto de aprender história através de documentários e filmes.

Pois bem, os dramas de ficção europeias, já sabia, ou de ler , ou de escutar. Começava e parava, com aquela sensação de estar vendo sempre as mesmas coisas.

Qual não foi minha surpresa ao mudar totalmente a ótica do que estava vendo? Agora estava no Oriente Médio, numa tribo de Turcos Otomanos e amando cada um de seus costumes, roupas, amores, constituições familiares, danças, lutas , tendas, gentes, etc.

Pra mim se abriu um mundo novo de possibilidades, ao sair do eixo ocidente europeu e migrar para para o Oriente Médio e seus belos costumes e crenças.

A beleza exótica dos personagens, o cuidado com o figurino, e animais, a forma de filmar, intimista, detalhando momentos em slow motion… Os belos homens alps das tribos, as danças com escudos e espadas curvas em torno da fogueira, tido isso, sem falar da música.

Música árabe é de arrepiar todos os átomos corpóreos.

Tudo é novo e lindo: o ritual de casamento, de despedida dos mortos, a vida é diferente e a inflexão da língua, uma música para os ouvidos.

A construção das frases lembram a origem latinas, sendo palavras como Bei ( Rei) ; Mama( Mamãe); Baba ( Papai), entre outras, tão afáveis e familiares que nos deixam hipnotizados.

O ponto de vista é trocado ( há poucos dias assisti Templários- Knightfall); mas hoje, assistindo a Ressurection, estou com raiva dos Templários e seus métodos esquivos de conquistar as coisas. Jogam sujo, chegam a mandar leprosos para se infiltrarem nas tribos turcas

Impossível ficar impune à beleza do príncipe Engin Altan Düzyatan, no papel de Ertugrul.

Tudo começa com o sequestro de um senhor e seu casal de filhos: um garoto e uma bela moça, que estão em poder dos templários. Ertugrul os salva e leva para a tribo de seu pai, o Bey da tribo Kayi. A jovem salva pelo guerreiro é Halime ( Esra Bilgic) e surge ai uma grande paixão, contida, como é nos costumes mulçumanos.

Tudo começa a esquentar, quando uma série de acontecimentos ligados aos novos hóspedes da tribo os obriga a revelar sua verdadeira identidade.

Em exibição na Netflix -5 temporadas.

Criador Mehmet Bozdag

Diretor : Metin Günay

Gênero: Romance Histórico e aventura Baseado em “O Grande Guerreiro Otamoano”,ou “Dirilis

Haline – Esra Bilgic
##blimabracher http://@blimabracher
Blima Bracher

Blima Bracher é jornalista, formada pela UFMG e Engenheira Civil. Trabalhou doze anos em TV como repórter e apresentadora na Globo e Band Minas. Foi Editora da Revista Encontro e Encontro Gastrô. Escritora, cineasta e cronista premiada.

Ver Comentários

  • Série Fantástica, uma das melhores que já vi. Não me contive e vi todas as temporadas, vendo até dez episódios por dia. Tem gosto de quero mais. Uma pena que encerraram na quinta temporada.

    • Mas a serie não foi encerrada Antonio, ela esta completa. Existe uma outra chamada Kurulus: Osman, que é a continuação da saga, com os principais personagens, já em idade avançada, mas o foco agora é nos filhos de Ertugrul, em especial Osman, que vai ser o fundador do imperio Otomano. Infelizmente não esta disponivel no Brasil ainda.

  • A melhor série que já assisti. Bateu Game of Trones. Enredo e tramas sensacionais, atores espetaculares e qualidade da filmagem é primorosa. É absolutamente surpreendente!

  • Vi o trailer, parece ser tão empolgante quanto Dirilis. Vi comentários que estaria disponível no Brasil pela Netflix final do ano. Vamos aguardar. Uma pena que nossos canais tradicionais não descobriram uma novela tão interessante, tão vibrante. A produção só perde para a nossa inigualável Pantanal.

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