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Tesouro de Minas com cupins

Como parte dos trabalhos de finalização das obras de restauração da Catedral de Nossa Senhora da Assunção, Sé da Arquidiocese de Mariana, teve início em 1º de setembro deste ano a remontagem do órgão Arp Schnitger. O instrumento, datado do século XVIII, foi fabricado na Alemanha e doado à então Diocese de Mariana em 1748. Contudo, durante esse procedimento alguns imprevistos foram encontrados, comprometendo à continuidade dos trabalhos..

De acordo com o Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Assunção, Padre Geraldo Dias Buziani, que acolheu Fréderic e Olivia durante a estadia deles em Mariana, todo o trabalho está sendo acompanhado todas as questões relacionadas à montagem do órgão Arp Schnitger. Além disso, a organista da Catedral, Josinéia Godino, e outras instituições, também estão se empenhando nesse processo de reforma e de montagem do órgão.

Cupins no instrumento

Já para setembro deste ano, a previsão era que fossem feitas a montagem da peça, a limpeza e a colocação do tubo para afinação do órgão. Entretanto, durante a limpeza, foi descoberto que as duas peças principais do instrumento, que desempenham papéis como se fossem o motor do órgão, pois levam o ar para os tubos, estavam comprometidas com a presença de cupins. Diante desse imprevisto, o processo de remontagem do órgão necessitou ser revisto.

Segundo Fréderic, o problema está no someiro, que tem peças de compensado que foram colocadas durante uma restauração ocorrida em 1982. “Uma vez localizado o problema, achamos a solução. A única solução que se pode fazer agora é levar essas duas peças grandes para a Espanha, para a oficina, para tirar todas as partes de compensado e voltar a colocar as partes de carvalho que foram substituídas no ano de 1982. É um trabalho bem delicado, que precisa ter ferramentas especiais, como temos na oficina, e também ter carvalhos bons, que se tenham dez anos de secagem, para garantir o futuro e funcionamento do órgão”, destaca o organeiro.

Pela complexidade do trabalho e cuidado exigidos neste caso e por se tratar de um instrumento histórico e importante, Fréderic explica que o transporte das peças para a Espanha exige alguns cuidados próprios como a autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a contratação de uma empresa especializada no transporte de obras de artes, a fim de garantir a segurança das peças.

Blima Bracher

Blima Bracher é jornalista, formada pela UFMG e Engenheira Civil. Trabalhou doze anos em TV como repórter e apresentadora na Globo e Band Minas. Foi Editora da Revista Encontro e Encontro Gastrô. Escritora, cineasta e cronista premiada.

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