Com o fechamento dos serviços não essenciais em Ouro Preto, decretado desde a ultima segunda- feira, dia 11 de janeiro, pela prefeitura, muitos comerciantes estão preocupados com a falência de estabelecimentos na cidade. A restrição adotada em razão do avanço da COVID 19.
“Não queremos prejudicar ninguém, mas não podemos expor ninguém a esse risco. Nós esperamos que todos colaborem para que possamos sair rapidamente desse quadro de exceção”, explicou o prefeito Angelo Oswaldo. No início da semana, Angelo havia pedido à população que seguisse as recomendações da Vigilância Sanitária e da Organização Mundial de Saúde, na tentativa de evitar medida radical.
Os últimos dados do Município mostraram que o vírus se espalhou e os casos aumentaram muito. No início de novembro, por exemplo, a taxa de incidência semanal era de 36,21 na Região Macro Centro, na qual está inserida Ouro Preto. Isso significa que a cada 100 mil pessoas, 36 estavam infectadas com o vírus da COVID 19. Esse índice passou para 96,61 na primeira semana de dezembro e atingiu 136,20 na virada do ano, maior que o pico da pandemia em agosto, que foi de 123,01.
O Município retornou à Onda Vermelha do Programa Minas Consciente, o que determina restrições maiores.
Esrão autorizados a funcionar:
– Supermercados, padarias, lanchonetes, lojas de conveniência;
– Bares e restaurantes (somente para delivery ou retirada no balcão);
– Açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros;
– Serviços de ambulantes de alimentação;
– Farmácias, drogarias, lojas de cosméticos, lavanderias, pet shop;
– Bancos, casas lotéricas, cooperativas de crédito;
– Vigilância e segurança privada;
– Serviços de reparo e manutenção;
– Lojas de informática e aparelhos de comunicação;
– Hotéis, motéis, campings, alojamentos e pensões;
– Construção civil e obras de infraestrutura;
– Comércio de veículos, peças e acessórios automotores;
– Além de qualquer atividade que possa ser feita a distância, por delivery ou sem a entrada dos consumidores nos estabelecimentos.
A lista completa está disponível no link: https://www.mg.gov.br/minasconsciente/empresarios.
Preocupados, reoresentantes do comércio pediram uma reunião com o executivo do município.
Estiveram presentes a vice-prefeita, Regina Braga, como presidente, o secretário de Governo, Felipe Guerra, o secretário da Casa Civil, Zaqueu Astoni, o secretário de Turismo, Rodrigo Câmara, o procurador do Município, Diogo Ribeiro, o diretor de Vigilância em Saúde, Ricardo Fortes, representantes das associações empresariais de Ouro Preto, como Associação Comercial e Empresarial de Ouro Preto (ACEOP), a Agência de Desenvolvimento Econômico e Social de Ouro Preto (ADOP), o Ouro Preto e Circuito do Ouro Convention&Visitors Bureau (CVB), a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) e o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Ouro Preto (CONDES-OP), além de alguns vereadores.
A reunião foi realizada para estabelecer o diálogo com as associações na busca por soluções
O secretário da Casa Civil, Zaqueu Astoni, ressaltou o bom resultado dessa primeira reunião: “foi muito importante para tentar se construir um caminho de retomada da economia de Ouro Preto, caminho este que passa por toda atenção e cuidado com a saúde pública, pois o sistema de saúde está num momento muito grave e difícil, com quase um colapso nas internações, o índice de contaminação muito grande, os leitos de UTI quase na sua capacidade máxima”, finalizou. O coordenador do Núcleo de Parceiros da ADOP, Gabriel Trópia, sugeriu “a flexibilização em alguns estabelecimentos; a importância de se ter uma comunicação oficial e a não realização do Carnaval neste ano”.
O Comitê discutiu ainda a importância dos cuidados de higiene e distanciamento social necessários aos serviços essenciais que estão em funcionamento. Além de evitar aglomerações, é preciso seguir os protocolos de saúde exigidos pela OMS e Ministério da Saúde e também do Programa Minas Consciente. Acesse o site da prefeitura www.ouropreto.mg.gov.br
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.