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Lentes, roteiros e selfies: Na mesa com Ernane Alves

Parafraseando nosso querido e eterno rock’and’roll na veia, Sergei, Ernane Alves (foto) é “pan”. Um pan-cultural, eu diria. Ator, diretor cinematográfico, roteirista e artista-plástico, este mineiro de Pedro Leopoldo profissionalizou-se desde 2001 e atua em exposições de arte, teatro de rua e palco, comerciais de TV e cinema.

Em Buenos Aires estudou roteiro no Cievyc Cine, Fundación Novum.  Já dirigiu artistas como Sandy Leah, Bruno Gagliasso, Deborah Secco, Eduardo Moreira (Grupo Galpão) e Rodrigo Robleño (ex-Cirque du Soleil).

Como ator, o mineiro ficou conhecido por suas atuações na Trilogia do Tédio, projeto que compreende os três curtas-metragens, dirigidos por ele: Cinco Minutos do Meu Pensamento (2005), CRUNCH (2008) e Clash (2009).

Sua filmografia inclui o média-metragem Palo (2011); Causos da Melhor Idade – de Cachoeira das Três Moças a Pedro Leopoldo (2012); e o inédito  longa-metragem de ficção, Clube das Ilusões, onde atua e assina roteiro e direção.

Atualmente, Ernane, dirige o longa-metragem de docuficção Helena, filme que retrata a vida e obra da consagrada escritora carioca Helena Jobim, única irmã do maestro Tom Jobim.

O site Blima Bracher convida você a sentar-se à mesa com este vulcão em erupção cultural.

BB – A gastronomia pra você é?

EA – Uma terapia… Todo o processo, inclusive, lavar as panelas (risos). Tudo é relaxante pra mim. Ouvir ao disco UMMAGUMMA do Pink Floyd cozinhando é uma experiência única.

BB – Um sabor da infância.

EA – Maçã Verde.

BB – Um restaurante inesquecível.

EA – El Hipopótamo em Buenos Aires (AR), Ave. Brasil com Calle Defensa, em San Telmo.

BB – Qual o seu prato favorito?

EA – Difícil, vale três? Tenho um paladar tão diverso… Mas levaria para uma ilha deserta, uma melancia, um prato de massa (nhoque ou lasanha) e um balde de sorvete  (risos).

BB – Vinho ou cerveja?

EA – Depende da hora. Gosto do vinho à noite e da cerveja à tarde. Mas, não bebo sempre.

BB – Qual?

EA – Vinho RUTINI (Argentina). Cerveja pode ser uma Bud mesmo.

BB – Doce ou salgado?

EA – Doce sempre! Tenho o paladar infantil.

BB – Qual?

EA – Sorvete. Qualquer um, qualquer marca, pode ser do baratinho mesmo…

BB – Cite um ou mais restaurantes imperdíveis em BH.

EA – Glouton; Taste Vin; Kei; Bistrô Vila Rica; Villa Roberti; Udon; Trindade; gosto de vários.

BB – E em Ouro Preto?

EA – O Passo

BB – E em Tiradentes?

EA – Pacco e Bacco

BB – Um chef

EA – Aquele que cozinha com paixão e simplicidade. Consegue se virar com o que tem. Não posso confiar num chef que ficaria sem saber o que fazer com uma massa e apenas um maço de ervas de horta. Já cozinhei às 3h da manhã com o que tinha na horta da minha mãe e com macarrão de segunda. O prato ficou ótimo.

BB – Um sabor de Minas

EA – Um só?! Nossa, são tantos! Minas é o sabor!!! Tá bom, queijo canastra! Broa também… Goiabada cascão… Posso continuar?

BB – Com quem gostaria de dividir a mesa?

EA – Alguém que tenha apetite. É muito bom cozinhar pra quem repete…

BB – De quem dispensaria a companhia?

EA – Gente sem paladar!

BB – Um sabor indigesto.

EA – Comida sem sabor. Insossa.

 

 

Blima Bracher

Blima Bracher é jornalista, formada pela UFMG e Engenheira Civil. Trabalhou doze anos em TV como repórter e apresentadora na Globo e Band Minas. Foi Editora da Revista Encontro e Encontro Gastrô. Escritora, cineasta e cronista premiada.

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