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Doze razões religiosas, culturais e gastronômicas para conhecer Colônia, na Alemanha

Colônia, na Alemanha é realmente um lugar mágico e, por que não dizer, divino? A Catedral de Cologne ou, em alemão, der Kölner Dom http://www.koelner-dom.de é uma construção gigantesca, que demorou mais de mil anos para ser erguida e, até hoje, continua com reformas e adendos.

De tão linda, foi poupada nos bombardeios na Segunda Guerra Mundial. O estilo gótico tem torres gigantescas de 160 m de altura.

A mística em torno no local, começou na Idade Média. Naquele pequeno povoado, banhado pelo rio Reno, foram parar os restos mortais dos três reis magos, que estariam em Milão, e foram dados como um presente ao imperador alemão Frederico Barbarossa no século XII. A novidade atraiu peregrinos do mundo inteiro. Em 1248, começou a construção de uma nova igreja em Colônia para abrigar o relicário e a multidão de peregrinos.

  1. Foi daí que nasceu a famosa Água de Colônia – segundo a história, os peregrinos chegavam suados de vários locais do mundo, e, antes de adentrarem a catedral passavam nas boticas locais para se banharem com o suave perfume.

2 Köln é a maior igreja do mundo e sua construção levou mais de mil anos. Até hoje, ela continua tendo reformas e ampliações. Minha primeira visão da catedral foi num taxi, à noite. Demos a volta por toda a maravilha que abriga uma praça inteira e as lágrimas me escorriam dos olhos, num choro de emoção e agradecimento. Ela guarda várias relíquias e seu mais importante tesouro é a urna que abriga os restos mortais dos três reis magos. Trazidos de Milão foram colocados em urna de ouro e prata cravejada com de pedras preciosas, obra de Nicolas de Verdun, um dos ourives mais famosos da Europa.

3) As incríveis capelas laterais, onde, em cada uma, tem enterrado um dos bispos da época ou nobres medievais que contribuíram para erguer o prédio.

4) Os vitrais coloridos cuja construção se estendeu por mais de 750 anos, retratando passagens bíblicas e a vida de santos.

5) A Cruz de Gero

Encomenda do bispo Gero após os conflitos religiosos, por volta de 980, este crucifixo seria a mais antiga representação do martírio de Cristo na Idade Média, sendo por assim dizer a primeira cruz monumental. Sendo um dos tesouros, que, assim como a urna dos reis magos, estão há mais de 1000 anos na catedral.

6) A Virgem das joias- Esse altar barroco em mármore preto e alabastro foi esculpido entre 1668-83 por Heribert Neuss. Antes, abrigava a arca com as relíquias dos Três Reis Magos. Hoje ali está a chamada Virgem das Joias. É orna lugar de peregrinação para milhares de ex-iugoslavos, que não podiam ir aos seus países durante a guerra nos anos de 1990.

7) Gárgulas

Nas igrejas góticas, o sistema de calhas ou drenagem das chuvas terminava numa gárgula, figuras grotescas e horrendas, que os antigos acreditavam afastar os maus espíritos.. A catedral de Colônia possui 108 gárgulas,executadas entre os séculos 13 e 21.

8) Passear num dos barcos restaurantes pelo belíssimo rio Reno, apreciando a bela paisagem e saboreando uma boa cerveja.

9) Por falar em cerveja, Colônia é o único local do mundo onde se pode dizer que é produzida a verdadeira Kölsch Bier. O estilo Kölsch segue uma tradição que remonta ao século 14 e tem como principais características a coloração clara, a suavidade e a refrescância. Quem visita Colônianão pode deixar de provar uma autêntica Kölsch em um dos muitos bares da cidade, sempre servida no seu típico copo alto e estreito, o stange. As bandejas tem buracos e os copos lembram pequenos tubos de ensaios. A Gaffel é uma das marcas mais populares de Colônia , mas há outras dezenas pela cidade.

10 )Aliás, um dos melhores passeios de lá é se perder pelas ruas e apreciar os rótulos medievais e caseiros de fabriquetas que produzem essa delícia e estão por todas as ruelas medievais da cidade.

11)O Joelho de Porco à Moda de Colônia – feito como na época medieval, ou seja, em espetos, confesso que achei uma verdadeira aula de anatomia. Preferia ter pedido algo menos, digamos, “autêntico”. Rsrsrsrs

12) Os bonecos de madeira e soldadinhos que encantam pela variedade e criatividade dos artesãos locais.

Fotos e texto:

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@blimabracher

Blima Bracher

Blima Bracher é jornalista, formada pela UFMG e Engenheira Civil. Trabalhou doze anos em TV como repórter e apresentadora na Globo e Band Minas. Foi Editora da Revista Encontro e Encontro Gastrô. Escritora, cineasta e cronista premiada.

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