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Castelinho dos Bracher é tema de estudo arquitetônico

Ao transitar pela praça Antônio Carlos ou por alguns pontos da avenida Getúlio Vargas, é possível notar ao fundo uma das construções que compõem o cenário de edificações históricas da cidade. Trata-se do Castelinho dos Bracher, um dos edifícios tombados pelo município e que possui importante relevância para o patrimônio local.

Localizado no bairro Granbery, tem reconhecido valor arquitetônico, além de abrigar em seu interior um significante conjunto artístico e a história de duas famílias expressivas para a cidade: os Arcuri e os Bracher. Foi pensando no conjunto desses elementos que a mestranda Ana Carolina Gamarano, do Programa de Pós- Graduação em Ambiente Construído, produziu sua dissertação de mestrado intitulada “O Castelinho dos Bracher: herança arquitetônica e artística em Juiz de Fora”.

A pesquisadora utilizou documentos do Arquivo Histórico da UFJF, da Divisão de Patrimônio Cultural da PJF (DIPAC), do setor de Memória da Biblioteca Municipal Murilo Mendes e da Supervisão de Arquivo Administrativo da Prefeitura de Juiz de Fora (SAAD) para auxiliar no desenvolvimento do estudo, além de realizar visitas técnicas ao local e manter contato com membros das duas famílias. “Busquei destacar na pesquisa que a importância do Castelinho não está somente relacionada à questão arquitetônica – edificação eclética, projetada por Raphael Arcuri em forma de um pequeno palacete -, mas também à atmosfera que foi criada em seu interior pelos Bracher por meio dos objetos, da arte e da cultura”, explica Ana Carolina. Mestranda Ana Carolina Moreira também investigou modificações do prédio ao longo das décadas.

Para embasar essa visão, além de investigar as modificações do prédio ao longo das décadas, a mestranda analisou os pontos de destaque dentro de alguns cômodos. “Na sala de TV, encontra-se exposta parte da coleção de louças da Louçarte – extinta fábrica da família Bracher. É possível observar também algumas das muitas intervenções de Nívea Bracher no Castelinho. No banheiro do primeiro pavimento, atrás da porta,  a artista faz a releitura da obra The Blank Signature, de René Magritte, e, no corredor do segundo pavimento, a presença de pintura parietal da época dos Arcuri.”

Ana Carolina ainda identificou características que fazem do edifício um lugar com identidade e espera que uma pesquisa mais aprofundada sobre o Castelinho desperte a curiosidade na população de Juiz de Fora para conhecer e visitar um local de tamanha relevância. “O estudo pretende estimular a discussão e a reflexão – da sociedade e da Prefeitura – sobre a importância de resguardar determinados bens do interior do Castelinho, além de abrir espaço para a discussão sobre a possibilidade de retomada da característica de ‘casa aberta’, perpetuada na criação de um local dedicado ao ensino de arte e cultura, mas que ainda seja a casa dos Bracher.

A intensão da família Bracher é transformar o Castelinho  num Museu aberto à visitação pública. A casa,  a família Bracher, a Galeria Celina (criada em homenagem à Celina Bracher, que faleceu precocemente e foi ponto importantíssimo de agitos culturais,, artísticos e sociais para a cidade de Juiz de Fora e para todo o Brasil), também  foi o tema da  Tese de Doutorado na UFRJ, da pesquisadora Cláudia Matos Pereira.

Texto publicado no site da UFJF

Blima Bracher

Blima Bracher é jornalista, formada pela UFMG e Engenheira Civil. Trabalhou doze anos em TV como repórter e apresentadora na Globo e Band Minas. Foi Editora da Revista Encontro e Encontro Gastrô. Escritora, cineasta e cronista premiada.

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  • Fico orgulhoso com a matéria pois nasci nesta casa, onde minha familia morou de 1942 a 1950 quando meu pai foi transferido por BH. Tenho boas recordações da minha infancia lá.

  • Fico orgulhoso com a matéria pois nasci nesta casa, onde minha familia morou de 1942 a 1950 quando meu pai foi transferido por BH. Tenho boas recordações da minha infancia lá.

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