Crônicas

Crônica: Sincronicidades Energéticas

Sincronicidades Energéticas ou Coincidências para os Cientistas, por Blima Bracher

Estava eu hoje na porta do laboratório Claudino, em razão de mais um check up anual. Enquanto esperava minha vez, olhava a chuva caindo fina e os paralelepípedos enfileirados, assim como nós, enfileirados no mundo.

Então, nos meus íntimos momentos de reflexão, perguntei-me: será que estou no caminho certo? Continuo a escrever?

Então, saí do transe com uma voz suave:

– Você é a moça que escreve crônicas?

– Sim, sou eu.

– Sou sua leitora assídua. Amo o que você escreve. Me chamo Conceição.

Então algo dentro de mim sorriu.

– Poxa, obrigada. Estava aqui justamente me questionando se continuava a escrever…

– Por favor, nunca se questione sobre isso.

E chegou minha vez de sentir a leve picadinha da formiga. E ver meu sangue, tom de vinho, fingindo não estar olhando, num relance vampiresco.

A atendente, Eliane, cuidou de mim quando eu nasci. E me disse sorrindo: – Diga a sua mãe que nasceu minha netinha, agora sou avó. Ela se chama Valentina, como o seu Valentim. Percebi que ela se confundiu: Valentim é meu sobrinho, mas foi o erro mais correto que escutei na vida.

Às vezes, essas coisas me acontecem. Alguns chamariam de coincidências, outros de destino, sei lá…

Eu, com meu lado científico, prefiro chamar de sincronicidade energética.

Já perceberam? Quando questionamos algo e necessitamos de resposta, uma energia qualquer nos aponta o caminho. Nossos cérebros estão em sintonia com o universo, e, como um aparelho decodificador, capta ondas.

Não raro penso em alguém e cruzo com a pessoa na esquina. Ou sonho com alguém que me liga.

Tenho pra mim que os sonhos nos conectam de forma recíproca: como um desejo subjacente em nós, mas que encontra eco no objeto de desejo.

Papai chama de anjos: já passamos por apertos grandes. E, do nada, surge alguém para ajudar.

Claro que , quase sempre me prendo às agruras da vida, com a sensação de rolar ladeira abaixo sem rede de segurança.

Mas, algo de bom sempre vem.

Atrás de um sorriso, uma risada, um olhar.

Quando penso em minha tia, aparece uma bruxa borboleta. Ou, como outro dia, fui enxugar as mãos e lá estava uma toalha bordada de Natal, que surgiu não sei de onde (entendedores entenderão).

É a tal da metafísica universal.

Talvez minha tese em Semiótica de Imagens, o que existe por trás do que vemos me induza a isso.

Mas eu continuo crendo nas energias, nas vibrações. Aliás crendo não, sabendo que E = mc², ou seja, energia é igual à massa vezes a velocidade da luz ao quadrado.

Então, vibremos no bem e no amor.

Blima Bracher

Blima Bracher é jornalista, formada pela UFMG e Engenheira Civil. Trabalhou doze anos em TV como repórter e apresentadora na Globo e Band Minas. Foi Editora da Revista Encontro e Encontro Gastrô. Escritora, cineasta e cronista premiada.

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