Ele foi se transformando em todas as paixões que ela já vivera algum dia. Dependendo do ângulo em que o olhava, ele a fazia viajar no tempo. Ela se encontrava , novamente, com amores adolescentes. Piscadas furtivas nas festas a meia luz… Amores platônicos que cruzaram oceanos… Tardes risonhas. O riso desenfreado. Soluçando entre os raios de sol. Através dele, ela viajava para a infância e dava mãos rodando de olhos fechados. Também a olhava por entre a fumaça de cigarro. E a levava em shows de rock. Ele também amava um chope. E ficava olhando o horizonte do mar. Ele enrolava o macarrão entre os dentes sujos de vermelho e verde. E dançava na cozinha enquanto o peixe assada. E também sabia esculpir e desenhar. Imaginá-la em várias formas. Fora o confidente puro. O inconfidente impuro. Era o fiel , onde se pensava o profano. E o malandro, onde se queria o santo. Era Vadinho e o outro engomadinho. Era o beijo quente nas tardes das pocilgas de papel lilás. Foi a meia solta entre as linhas de Nelson. E o safado uísque engarrafado a viniciar. Também subiu a Bahia de paletó e pasta, como o Carlos amava. E debochou das moças que apertavam demais as saias, como o Jorge Amado. Ele foi o marido ideal, pois no fundo ela sentia nele todas as paixões que moravam dentro dela. Era seu espelho. O reflexo bonito. Os olhos fechados. E só as costas dele , ela conseguia olhar sem sentir-se estranha ao despertar de noite. As costas calmas e protetoras, como um muro a zelar por ela.
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