Carlos Bracher foi escolhido para representar a conexão entre a Arte e a Vida em anúncio veiculado durante o intervalo do Jornal Nacional, no dia 14 de outubro, em homenagem aos cooperados e aos médicos. Confira o resultado emocionante, que tem rendido muitos frutos e elogios ao artista.
SOBRE O ARTISTA
Aos 74 anos, Carlos Bracher, mineiro de Juiz de Fora é o artista brasileiro que mais expôs no exterior, realizando exposições individuais em galerias e museus de Paris, Roma, Milão, Moscou, Japão, China, Londres, Rotterdam, Haia, Madri, Lisboa, Montevidéu, Santiago do Chile, Bogotá e Kingston. Sobre seu trabalho já foram publicados sete livros e realizados dezenas de filmes e documentários. Casado com a pintora Fani Bracher tem duas filhas, Blima e Larissa, e o neto Valentim.
Na década de 1990 iniciou uma sequência de “Séries Temáticas”. A primeira lhe deu projeção internacional. Em 1990, Bracher percorreu os caminhos do também pintor expressionista Van Gogh realizando a série “Homenagem à Van Gogh”, com 100 telas pintadas no centenário de morte do artista, dando vazão a uma paixão de adolescência. A partir da série, o artista foi convidado a expor em importantes museus da Europa, América e Ásia. Em 1992 lança seu olhar ao mundo industrial, pintando a série Do Ouro ao Aço, sobre a siderurgia em Minas Gerais.
Na “Série Brasília”, de 2007, faz homenagem a Juscelino Kubistchek, pintando 66 quadros nas ruas e esplanadas da capital expostos no Museu Nacional, projeto de Niemeyer. Em 2012, realiza a Série Petrobras, imprimindo visão artística ao mundo industrial do petróleo. Pinta, in loco, as principais refinarias da empresa com a produção de 60 obras, entre pinturas e aquarelas.
Em 2014, data dos 200 anos da morte de Aleijadinho, realizou a série “Bracher: Tributo a Aleijadinho” que faz uma releitura contemporânea sobre a obra do grande mestre do Barroco. Atualmente uma retrospectiva com 50 quadros, produzidos entre 1961 a 2006, percorre diversas cidades européias já expostas no Museu de Arte Contemporânea de Moscou, Frankfurt, Praga, Estocolmo, Bruxelas, Bruges, Basilea, Dusseldorf, Luxemburgo e Gotemburgo.
Este ano ilustrou o livro “Canto Mineral”, com poesia de Carlos Drummond de Andrade pela Editora Bazar do Tempo.
Também Inaugurou em Ouro Preto o Ateliê Casa Bracher.
Dia 14 de outubro fez campanha nacional para a Unimed, em homenagem aos cooperador.
CRÍTICAS NACIONAIS
“Encontrei-me com Minas Gerais através da pintura de Carlos Bracher. É o maior elogio que, de coração, lhe posso fazer. Viva Minas.”
Carlos Drummond de Andrade
“A Bahia vai finalmente conhecer e amar a obra de um dos grandes da pintura brasileira contemporânea. Mineiro de Juiz de Fora (em sua pintura, o poeta Carlos Drummond reencontra Minas), paisagista incomparável, retratista de força indômita (“A tua mão, pintor, e a fúria tua pincelando meu rosto” – canta Affonso Romano de Sant’Anna num poema sobre a pintura de Carlos), autor de naturezas-mortas onde violinos, as flores e os jarros se harmonizam na cor de Ouro Preto, ouro e sangue misturados. Que dizer desse mestre brasileiro? (…)”
Jorge Amado
“(…) Inquieto por temperamento, Bracher não usa de cautela e cuidados para realizar seus quadros. Joga-se neles, seguro de seu domínio técnico, num mergulho definitivo, de que pode ou não resultar a obra satisfatória. Se não resulta, apaga tudo e começa de novo, com o mesmo ímpeto, movido pela necessidade de colher a beleza no mesmo momento em que ela, fustigada, emerge à luz (…)”
Ferreira Gullar. Livro “Bracher”, 1989
CRÍTICAS INTERNACIONAIS
“Carlos Bracher, pintor brasileiro de 30 anos, bem conhecido em seu País, vivendo em Paris há pouco tempo, encontrou na arquitetura dos grandes telhados inclinados de “Honfleur”, e na catedral de “Chartres” uma fonte fecunda de inspiração. Seu estilo severo e despojado nada sacrifica à moda; formas simples e rudes ao mesmo tempo esguias e pesadas, um cromatismo sombrio limitado ao azul e ao verde se aplicam à árvore e à pedra que uma luminosidade lunar vem sublinhar”.
Geneviève Breret. “Le Monde”. Paris, 1970
“(…) Vindo diretamente de um país do sol é este artista seduzido pela luz tamisada e doce da lle-de-France, pela poesia rigorosa de suas catedrais. Deste amor intenso, brotou uma série de quadros dominados pelos azuis dos vitrais, o cinza, o preto, o branco da pedra. Sua obra, ao mesmo tempo discreta e forte reflete uma realidade conduzida às suas dimensões essenciais, se exprime em grandes ‘aplats’ vigorosos, quase severos, procura uma verdade despojada dos adornos do estilo flamboyant. Carlos Bracher é um pintor austero, cheio de intransigências diante dos efeitos fáceis, dizia Cristiano Lima, jornalista português. É defini-lo muito bem. Sua austeridade seduz pela transposição sobre a tela das grandes obras da arquitetura francesa, sabendo ao mesmo tempo respeitar as dimensões humanas”
Francine Poirier. “Le Figaro”, Paris, 1970
“(…) Através de suas telas sobre a Catedral de Chartres ou os telhados de Paris, adivinha-se o gosto pela pureza das linhas que sobem para o céu e que dão ao conjunto um rigor grave, que descambaria para a rigidez se ele não utilizasse toda uma gama de azuis e verdes (caros a Cézanne) que modulam o todo.”
Monique Dittière. “L’Aurore”, Paris, 1970
Foto, em destaque: Blima Bracher
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Parabéns querido Carlinhos!!!
Toda e qualquer tipo de homenagem dedicada á sua arte e, não menos á voce é simplesmente válida.Que venham muitas outras!!!
"Tudo que é belo morre no homem, mas não na arte"