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Projeto Meraki leva “saberes e fazeres” a quem mais precisa

Em meio às modernidades, percebe-se clara tendência em cultivar e valorizar o que vem dos antepassados.

Neste contexto, entende-se que os “saberes e fazeres”, construídos ao longo do tempo, através da interação da sociedade com seu meio, expressam os verdadeiros valores que representam a cultura local e seus diversos elementos.

 

É com alegria que apresentamos o “PROJETO MERAKI“, que surge pela constatação da necessidade de difusão e preservação de tais valores, ora entendidos como manifestação cultural, ora entendidos como resgate de consciência coletiva.

A partir do engajamento e da mobilização de diversos núcleos da comunidade de Ouro Preto e distritos, gera-se um movimento de articulação, que busca difundir a cultura local, através da reprodução voluntária dos “saberes e fazeres”. Pretende-se favorecer as interlocuções produtivas e oportunizar a aproximação dos locais, em situação de vulnerabilidade social, com as diversas manifestações ligadas à cultura regional em toda sua amplitude, para benefício mútuo e recíproco.

 

Objetiva-se usar a interdisciplinaridade em processos de metodologia simples, mas de comprovada compreensão e assimilação pelos diversos atores contemplados pelo projeto, incentivando a participação popular e compartilhando conhecimentos tradicionais. Assim, trabalha-se a inclusão social, o empreendedorismo, a sustentabilidade, e demais temas ligados ao turismo e à cultura e suas variáveis, suportados e amparados pelos conceitos modernos do turismo de base comunitária e da importância da economia criativa sustentável. Pretende-se, ainda, que o munícipe desenvolva a retomada dos espaços públicos e equipamentos turísticos, proporcionando atividades que favoreçam, reforcem e potencializem a conscientização do conceito de pertencimento, permitindo que a comunidade se aproprie do seu espaço social.

Somos uma equipe voluntária e multidisciplinar, com formações acadêmicas variadas, mas alinhadas aos objetivos propostos. Buscamos parcerias com pessoas e entidades que possam agregar valor na transmissão de conhecimento, além do apoio de agentes públicos e privados, para que algumas demandas geradas possam ser viabilizadas, garantindo não só maior conscientização de todos os setores da sociedade, como também a expansão e manutenção dos objetivos propostos e sua repercussão positiva na comunidade.

O “PROJETO MERAKI” é coordenado por Iza Ferreira (Bacharel em Administração, com habilitação em Comércio Exterior, registro CRA-MG 34.762/D, atua na área de Marketing Corporativo, definindo e conduzindo políticas empresariais para diversas organizações. Vivência em áreas afins à comunicação organizacional, além de ações para prospecção de mercado e captação de clientes. Atuação em empresas privadas e do terceiro setor, inclusive na área do turismo e meio ambiente, além de voluntariado em eventos de grande porte, como Copa do Mundo FIFA e Rio 2016), Renata Adriana da Silva (Turismóloga, com experiência em voluntariado em projetos sociais diversos, atuação em empresas da iniciativa privada) e, pela Secretaria Municipal de Turismo, Indústria e Comércio, representando a parceria com a Prefeitura Municipal de Ouro Preto, Lavínia Caires Viana (Turismóloga, com especialização (extensão) em Gestão Pública da Cultura pela UFRGS, atuação em projetos sociais e voluntariado).

 

As atividades serão oferecidas em forma de palestras, oficinas, aulas práticas e outras ações, com temas ligados a artesanato, recicláveis, culinária, beleza, decoração, saúde, jardinagem, assistência jurídica e psicológica, atividades culturais, ministradas por instrutores e palestrantes voluntários e parceiros locais e de BH. A participação é totalmente gratuita e haverá sorteio de brindes.

O projeto procura privilegiar a abordagem de temas correlatos à cadeia produtiva do turismo, destacando ações que levem à valorização da cidade entre os próprios moradores, comerciantes, empresariado, promovendo os equipamentos turísticos e espaços públicos, considerando que a vocação turística da cidade já se encontra plenamente consolidada. A conscientização sobre os recursos existentes fortalece a cidade e reforça a união da comunidade.

As atividades devem se concentrar, às quartas-feiras, na cidade de Ouro Preto-MG, e serão realizadas na ASSOCIAÇÃO GALPÃO CULTURAL SINHÁ OLÍMPIA, à Rua Sinhá Olímpia, 178, bairro Vila Itacolomy (Bauxita).

De 14.06.18 até o dia 22.06.18, de segunda a sexta, de 8h às 11:30h, estarão abertas as inscrições para o processo seletivo dos participantes e bolsistas voluntários, conforme abaixo:

Para participantes: ter, no mínimo, 18 anos completos em 14.06.2018, não estar participando de nenhum outro projeto social em Ouro Preto ou distritos, levar uma cópia xerox da carteira de identidade, CPF e  comprovante de residência (conta de água, luz, telefone ou correspondência no próprio nome). Ao final do projeto, haverá certificado de participação para aqueles com frequência de 75%.

Para bolsistas voluntários: estar regularmente matriculado na UFOP, não estar participando de nenhum outro projeto social em Ouro Preto e distritos, ser proativo e comunicativo, ter disponibilidade para trabalhar pela manhã e à tarde, bons conhecimentos em informática e mídias sociais. Levar uma cópia xerox da carteira de identidade, CPF, Cópia do Histórico Escolar atualizado, com Coeficiente de Rendimento Geral e Curriculum Vitae atualizado. Ao final do projeto, haverá declaração de horas trabalhadas.

O projeto tem início, oficialmente, em 11.07.18, com o evento de abertura, cujo convite será enviado oportunamente, e deverá se estender pelo tempo necessário à execução de todas as ações propostas.

Informações:

 

 

Iza Ferreira

Coordenadora

Administradora CRA – MG 34.762/D

(31) 9 9918-9884

projetomeraki.op@gmail.com

izauramaria@gmail.com

 

Renata Adriana da Silva

Coordenadora

Turismóloga

(31) 9 9435-6669

projetomeraki.op@gmail.com

renatasantos77@gmail.com

 

Tudo acontece em parceria com o Galpão Cultural Sinhá Olímpia, na Bauxita.  A instituição surgiu quando as atividades carnavalescas deixaram de ser a única forma de ocupação do espaço onde funciona. O Galpão da Sinhá, como é conhecido, tem, como principal objetivo, ser um lugar de convivência.

É um espaço que recebe e acolhe pessoas buscando atividades que lhes possibilitem melhor qualidade de vida, através do aprendizado e do compartilhamento de saberes, onde todos ensinam e todos aprendem.

No Galpão, todo dia é dia de atividades! Funcionando de 7h às 12h, cada associado escolhe seu horário de trabalho de acordo com sua disponibilidade pessoal.

Sustentabilidade e meio ambiente são temas recorrentes e reforçam a vocação do espaço, onde as amizades cultivadas engrandecem e dignificam o local e as pessoas que nele convivem.

As atividades desenvolvidas têm múltiplas faces. Cada artífice imprime, ali, sua face e seu jeito. Com o que tem às mãos e na cabeça, a pessoa expressa sua arte e sua alma.

Matérias primas e insumos adquiridos no comércio possibilitam o desenvolvimento de produtos que encantam a quem os adquire. O Galpão recolhe materiais que são descartados sem o devido manuseio e os recicla. Madeira, metal, papel  papelão, isopor, vidros e outros, deixam de ser lixo e passam a ter ressignificados: são transformados em obras de arte.

Os trabalhos são individuais. Cada um lá exerce sua arte e sua criatividade. No entanto, quando se faz necessário, todos se juntam para atendimento de encomendas que demandam maior número de pessoas. Assim, a prestação de serviços a outras cidades, ao carnaval ouropretano, a entidades educacionais, a grupos artísticos, a paróquias e a outras instituições, são constantes nas atividades do Galpão Cultural.

Também é motivo de grande orgulho ser, a Associação Galpão Cultural Sinhá Olímpia, a  sede da Charanga de Lata, que se originou no Bairro Terceira. Após 40 anos de inatividade,  a Charanga foi resgatada, revitalizada e atualmente abrilhanta o carnaval ouropretano.

O local é muito apreciado pela paisagem do entorno e pela vista privilegiada do Pico do Itacolomy. Um pátio, antes todo em piso de terra é, hoje, todo calçado com bloquetes confeccionados e aplicados por mão de obra própria.

Além de pisos em seixos, o Galpão possui áreas plantadas com espécies ornamentais e árvores, bem como uma horta comunitária, onde se encontra variedade de verduras e legumes.  O planejamento destes espaços foi feito pela equipe da associação, bem como a execução do serviço. Grande quantidade de pássaros fazem, deste espaço, seu habitat.

A Associação Galpão Cultural Sinhá Olímpia é, além de arte e cultura, um espaço de vivência e convivência.

 

 

 

Blima Bracher

Blima Bracher é jornalista, formada pela UFMG e Engenheira Civil. Trabalhou doze anos em TV como repórter e apresentadora na Globo e Band Minas. Foi Editora da Revista Encontro e Encontro Gastrô. Escritora, cineasta e cronista premiada.

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