Reabertura do Museu do Ingá, em Niterói: olhar feminino sobre o mundo - Blima Bracher
Blima Bracher

Reabertura do Museu do Ingá, em Niterói: olhar feminino sobre o mundo

Djanira, pintora Modernista em exposição no Museu do Ingá

Começa na terça-feira, 9 de março, no Museu do Ingá, espaço da FUNARJ em Niterói, a exposição ‘Múltiplos Olhares-Mulheres Artistas nas Coleções FUNARJ’.

A mostra marca a reabertura ao público do Museu do Ingá e reúne 150 obras de uma centena de mulheres artistas constantes nos acervos dos espaços da FUNARJ – além do Ingá (incluída aqui a Coleção BANERJ), o Museu Antonio Parreiras, a Casa da Marquesa de Santos, o Museu Carmen Miranda e a Casa de Cultura Laura Alvim –, vindas de variadas partes do Brasil e selecionadas por suas contribuições históricas à arte brasileira.

São trabalhos de diversas escolas e épocas, feitos em diferentes formatos e suportes, distribuídos em percursos temáticos unindo artes visuais e cultura popular, que incluem obras de Maria Graham, Lúcia Laguna e Rosana Paulino, assim como as de nomes fundamentais da arte no Brasil, como Tarsila do Amaral, Djanira e Anita Malfatti.

A curadoria colaborativa é de Ana Cavalcanti (Escola de Belas Artes/UFRJ), Ana Pessoa (Fundação Casa de Rui Barbosa) e Janaina Melo (Escola de Artes Visuais do Parque Lage), com concepção e coordenação geral de Douglas Fasolato, Coordenador de Museus da FUNARJ.

Múltiplos Olhares-Mulheres Artistas nas Coleções FUNARJ ficará em cartaz durante todo o ano de 2021 e contará com o apoio de exposições temporárias, realizadas simultaneamente à mostra principal, que promoverão importantes diálogos com outras artistas do próprio acervo e convidadas.

Destas, a primeira será a mostra em comemoração ao centenário de nascimento da gravadora, pintora, desenhista, ilustradora, ceramista, escritora, teórica da arte e professora Fayga Ostrower, cujo acervo acaba de ser doado ao Museu do Ingá por seus filhos – Ana Leonnor (Noni) e Karl Ostrower. Desde 1977 a instituição abriga oficinas de formação (destacadamente, a de gravura) que ajudaram a difundir e valorizar a arte no estado e no Brasil.

Um resultado importante desse projeto foi a ampliação do acervo dos museus da FUNARJ, com doações de obras que reduzem ausências – como as das artistas Maria Pardos, Clara Welker, Thereza Miranda, Fani Bracher, Lúcia Laguna e Rosana Paulino – , numa demonstração de confiança no projeto e de alinhamento ao interesse da fundação em ampliar a representação das mulheres em seus acervos.

“A mostra reforça o empenho da FUNARJ em promover as mulheres artistas em seu acervo, oferecendo visibilidade e reflexão sobre seu papel e suas contribuições para as artes”, diz José Roberto Gifford, presidente da FUNARJ.

“Muitas dessas artistas obtiveram reconhecimento em vida, outras post-mortem, mas todas conquistaram o mesmo espaço, lado a lado, sem hierarquias, nesta exposição”, diz Douglas Fasolato, Coordenador de Museus da FUNARJ.

 

Mostras paralelas em diálogo

As demais mostras de curta duração que serão montadas, uma após a outra, paralelamente à principal, incluem uma exposição com os trabalhos feitos por mulheres artistas em oficinas de gravura e escultura que funcionam no Museu do Ingá, outra dedicada às mulheres artistas de Niterói, e Mulheres Incríveis, série de obras criadas pela designer Márcia Neves.

Anota aí:

Local – Museu do Ingá, Pres. Pedreira, 78 – Ingá, Niterói.

Horário de visitação – De quarta a sábado, de 12h às 17h. No entanto, excepcionalmente, nesta primeira semana o Ingá ficará aberto ao público de terça a sábado, retomando seus dias normais de funcionamento na semana seguinte.

 

Entrada franca.

 

Mineira , Fani Bracher , é um dos destaques da mostra ‘Múltiplos Olhares-Mulheres Artistas nas Coleções FUNARJ’.

Dias da semana: Quarta, Quinta, Sexta, Sábado

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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