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Festival de Outono das Américas agita o fim de semana em BH

Artistas de cinco países de apresentam no Teatro Bradesco nos dias 16 e 17 de junho a preços populares.

Artistas da Argentina, México, Bolívia e Chile, além do Brasil, irão enfeitar o palco do Teatro Bradesco com as cores da América Latina durante Festival de Outono das Américas, que acontece nesta semana. Na sexta (16) e sábado (17) as atrações apresentam seus números de teatro, dança, música, contação de histórias, instalações artísticas e outras manifestações culturais que irão encantar o público. Inédito em Belo Horizonte, o Festival de Outono das Américas tem ingressos a R$ 30 (inteira).

As festividades latinas começam na sexta (16) com os brasileiros do Teatro Brujo, que usam as artes cênicas para trabalharem o desapego e desconstrução. Na sequência a boliviana Marcela Morón sobe ao palco para defender seu repertório que viaja pelas Américas e pela Península Ibérica. A voz expressiva da chilena Claudia Manzo vem a seguir, com o show “América por una mirada femenina”. Oralidade e tradição ancestral servem de base para a contação de histórias da brasileira Abigail Burgos. Ela antecede o argentino Daniel Namkhay, que compõe músicas inspiradas em tradições xamânicas interpretadas a partir da vibração de instrumentos criados com diversos materiais naturais, como madeira, barro, pedras, cristais e cabaças, além de flautas nativas, tambores de barro, de couro e de bambu, kalimbas, apitos e sementes da Amazônia e outros exóticos instrumentos provenientes de suas viagens e pesquisas pelo mundo.

A potência latina continua no sábado (17), quando os integrantes do Teatro Brujo retornam ao palco, seguidos pela brasileira Lívia Itaborahy. Ela mostra seu show “La Frontera”, com releituras de tangos consagrados, zambas e ritmos latinos. Utilizar da música para construção de uma ponte entre o ancestral e o contemporâneo é o objetivo do Kokopelli, grupo musical da capital mineira que também recheia a programação. Também de Belo Horizonte, o Roda Viva é um grupo que irá representar o segmento da dança ao apresentar técnicas contemporâneas mescladas a movimentos de tradições ancestrais do México. O México encerra o evento com a apresentação de Erika Valero, com o projeto “Ixachilanka – Aquí donde se extiende nuestro rostro”, que se apresentam no Brasil pela primeira vez. Os músicos difundem o canto tradicional nas línguas maternas como náhuatl, maya, mixteco, zapoteco, entre outras, e promovem as tradições mexihca, azteca, chichimeca e tenochca.

Dedicado à valorização dos países do Continente das Américas, através de seus produtores e criadores culturais, o evento é uma iniciativa do Instituto Âmbar, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura. Realizar pesquisas e promover eventos culturais e artísticos, além de incentivar o intercâmbio cultural de tradições dessas localidades, é uma das missões do realizador.
A exemplo do Festival Dia de Los Muertos, promovido pelo Instituto Âmbar em 2016 na Serraria Souza Pinto, o Festival de Outono das Américas pretende, ainda, integrar a política de estímulo do setor cultural na capital, que ganha reforços também no sucesso que a cidade vem experimentando na área artística cultural.
A iniciativa também inova ao celebrar o outono, estação nem sempre lembrada pelas programações culturais, mais afeitas a festivais de Inverno, Verão e Primavera.

De acordo com os organizadores, o olhar para a cultura das Américas, reconhecendo suas ancestralidades como referências de origem, de legados e de similaridades com o Brasil, reforça a importância de se avançar na nossa própria história e enriquecer os projetos culturais que possam vir desse encontro.
Muito mais que um festival, o Instituto Âmbar quer trazer para a cidade de Belo Horizonte, que já tem se mostrado bastante receptiva a eventos culturais de grande porte e visibilidade, uma nova visão sobre a cultura dos povos das Américas.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA
DIA 16 DE JUNHO, SEXTA-FEIRA – 19h às 22h

Teatro Brujo (Brasil) – Grupo de teatro que trabalha para romper limites e crenças da experiência humana. Pretende trazer autoconfiança, expressão criativa de comunicação e interação. O grupo traz a visão do mundo como um teatro, onde todos, dentro de um cenário autoconstruído, desempenham um papel, atuando o tempo todo para parecer ser algo. Trabalha a visão de desapego e desconstrução do que te impede de ser livre para desempenhar qualquer papel.

Marcela Morón (Bolivia)
Marcela Morón, da Bolivia, cantora e percussionista, é nascida em Santa Cruz de la Sierra. Para seu projeto Música y Alma, convida: Daniel Mariano, violão e voz; Luiz Lobo, percussão; Fernando González, da Venezuela, cuatro e percussão; Juventino Dias, trompete. Com seu repertório, viaja pelas Américas, pela Península Ibérica e, principalmente, pelo coração de seu público.

Claudia Manzo (Chile)
Dotada de uma musicalidade marcante, com uma voz expressiva, Claudia Manzo é uma artista que, no palco, nos leva por diferentes viagens poéticas e imaginárias. Em seu show “América por una mirada femenina” a cantora, compositora e musicista é acompanhada pelos músicos mineiros André Milagres (violisnista), João Paulo Drumond (Percussionista) e Camila Rocha (contrabaixista), onde interpreta suas composições que estarão no seu próximo disco com lançamento para agosto de 2017. Seu trabalho é inspirado nos ritmos latino-americanos e em vivências do cotidiano, saudades, amores e vida.

Abigail Burgos (Brasil)
Através da oralidade e da tradição ancestral da contação de histórias, Abigail busca manter viva o poder da imaginação. Tecida com uma linguagem encantada, Abgail consegue transportar as pessoas para reinos distantes e, por outra forma, inacessíveis.

Daniel Namkhay (Argentina)
Daniel Namkhay nasceu na Argentina, mas vive atualmente no Brasil. Suas músicas são inspiradas nas poderosas tradições xamânicas da terra e trazem o poder de conexão com a natureza através da vibração de instrumentos criados com diversos materiais naturais, como madeira, barro, pedras, cristais e cabaças. Hoje com nove CDs editados, Daniel cria músicas com uma incrível coleção de mais de 110 flautas nativas, tambores de barro, de couro e de bambu, kalimbas, apitos e sementes da Amazônia e outros exóticos instrumentos provenientes de suas viagens e pesquisas pelo mundo.

DIA 17 DE JUNHO, SÁBADO – 19h às 22h

Teatro Brujo (Brasil) –
Grupo de teatro que trabalha para romper limites e crenças da experiência humana. Pretende trazer autoconfiança, expressão criativa de comunicação e interação. O grupo traz a visão do mundo como um teatro, onde todos, dentro de um cenário autoconstruído, desempenham um papel, atuando o tempo todo para parecer ser algo. Trabalha a visão de desapego e desconstrução do que te impede de ser livre para desempenhar qualquer papel.

Lívia Itaborahy (Brasil)
“La Frontera” é um projeto idealizado pela cantora e compositora Lívia Itaborahy e o contrabaixista e produtor musical Eder Monteiro. O projeto traz releituras de tangos consagrados, zambas e ritmos latinos e também um repertório autoral dentro desse universo. Além dos arranjos ousados, o duo ainda conta com uma pegada eletrônica. Com formação em voz, contrabaixo e violão, “La frontera” valoriza a mescla do som acústico dos instrumentos com bases tecnológicas em arranjos preparados exclusivamente para este projeto.

Kokopelli (Brasil)
Grupo musical de Belo Horizonte cuja proposta é reconectar a música com o espírito humano, fazendo uma ponte entre o ancestral e o contemporâneo. Neste trabalho convidam a cantora lírica e musicista Mariana Botelho e a trombonista Vanessa Aiseó, participantes do Curso Direções do Ser do Instituto Âmbar, para a apresentação “Música da Alma”.

Roda Vida (Brasil)
Grupo de dança de Belo Horizonte que trabalha o corpo como ferramenta capaz de gerar energia vital e experimentações físicas de flexibilidade, força, equilíbrio, coordenação e ritmo. A apresentação traz técnicas de dança contemporânea mescladas a movimentos de danças de tradições ancestrais do México.

Erika Valero (México)
Há 5 anos com o projeto “Ixachilanka – Aquí donde se extiende nuestro rostro”, o grupo composto por Erika Guadalupe Valero Leyva Tlazohtiani, Juan Carlos López Macías Makuilxochitl, Gerson Rojas e Juan Carlos Ramírez vem pela primeira vez ao Brasil. Em seu trabalho, difundem as tradições ancestrais de forma artística e sensível com o intuito de engrandecer o canto tradicional nas línguas maternas como náhuatl, maya, mixteco, zapoteco, entre outras. Promovem as tradições Mexihca – Azteca – Chichimeca – Tenochca e o sentimento de orgulho dos povos ancestrais

O FESTIVAL

O Festival de Outono das Américas é dedicado à valorização das Américas através de seus produtores e criadores culturais. A iniciativa é do Instituto Âmbar, através do projeto Direções do Ser, que tem em suas ações o objetivo de realizar pesquisas e promover eventos culturais e artísticos, além de incentivar o intercâmbio cultural de tradições do continente americano.

O INSTITUTO ÂMBAR

O Instituto Âmbar é um centralizador de projetos e iniciativas de educação e desenvolvimento humano que apoiam a melhorar a vida do indivíduo e, consequentemente, da sociedade onde ele está inserido. Promovendo eventos e pesquisas culturais com uma abordagem única, baseada nos conhecimentos ancestrais da América pré-colombiana, sua característica inovadora é a de uma perspectiva de trabalho em grupo baseado não na competição, mas na cooperação entre indivíduos.

Anoata aí:

Festival de Outono das Américas
Local: Teatro Bradesco – Rua da Bahia, 2244, Lourdes, Belo Horizonte, Minas Gerais
Telefone: 31 3516-1360
Data: 16 e 17 de Junho
Informações complementares em www.institutoambarbrasil.com.br



Com:

#blimabrachet
@blimabracher

Blima Bracher

Blima Bracher é jornalista, formada pela UFMG e Engenheira Civil. Trabalhou doze anos em TV como repórter e apresentadora na Globo e Band Minas. Foi Editora da Revista Encontro e Encontro Gastrô. Escritora, cineasta e cronista premiada.

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