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Congado vira Patrimônio Imaterial

Muitas pessoas atribuem o surgimento do folguedo de Congado à primeira festa organizada por Chico Rei em homenagem a Nossa Senhora do Rosário, em 1747, em agradecimento por tê-lo ajudado a concretizar seu sonho de liberdade. … A palavra Congado  origina-se de Congo, país Natal de Galanga, nome africano de Chico Rei. No Congo ele era rei e cultivava as tradições de dança.

Trazido escravizado para o Brasil, nas Minas Gerais, conseguiu se alforriar, virou dono de mina, juntou seus antigos súbitos e fundou o reinado de Chico Rei em Vila Rica onde construiu a Igreja de Santa Efigênia e ajudou na construção da Igreja do Rosário. Galanga teria morido de hepatite aos 72 anos. O filho seguiu como Rei do Congado, assumindo a posição que pertencia ao pai. Chico Rei é celebrado até hoje em festas populares que têm canto, dança, procissão e até coroação dos reis do Congo. Vem daí o nome dessa festividade: Congada, Congado ou simplesmente Congo. A comemoração é feita em meses distintos ao longo do ano, por homenagear santos negros na data de aniversário de cada um. Por ser uma figura tão importante no folclore de Ouro Preto, Chico Rei é celebrado na cidade no mês de janeiro, já que ele costumava organizar solenidades no Dia de Reis.

Agora o Congado virou Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais.

O Secretário de Estado de Cultura, e Turismo Leônidas Oliveira anunciou a novidade em Timóteo, cidade que realizou neste domingo a Festa do Rosário.

Umas das celebrações religiosas mais tradicionais mineiras, a Festa do Rosário, com Missa Conga em honra à Nossa Senhora do Rosário e Encontro da Guarda, foi realizada em Timóteo, no Vale do Aço. É um dos primeiros encontros de Minas Gerais neste momento de retorno de atividades. O secretário de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Leônidas Oliveira, esteve no evento, onde foi anunciado que o Congado será transformado em patrimônio cultural e imaterial mineiro.

Blima Bracher

Blima Bracher é jornalista, formada pela UFMG e Engenheira Civil. Trabalhou doze anos em TV como repórter e apresentadora na Globo e Band Minas. Foi Editora da Revista Encontro e Encontro Gastrô. Escritora, cineasta e cronista premiada.

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