Nesta quinta, dia 16 de agosto, será lançado na Academia Mineira de Letras, às 19h, o livro “Canto Mineral: Carlos Drummond de Andrade ilustrado por Carlos Bracher” da editora Bazar do Tempo.
O evento contará com palestra do Secretário de Estado da Cultura Ângelo Oswaldo.
Concebido por Pedro Drummond, o livro quer mostrar a identificação entre a poesia de um e a pintura do outro. Bracher conta que uma vez Drummond foi à Galeria Bonina, em Copacabana, e escreveu no livro de registro: “Encontrei-me com Minas Gerais através da pintura de Carlos Bracher. É o maior elogio que, de coração, lhe posso fazer. Viva Minas!”
“É a primeira vez que eu faço ilustração. Minha pintura é de pouco desenho, ela surge da cor, então foi um desafio experimentá-lo. Escolhi o carvão porque ele é uma pré- pintura, uma elaboração dela, um vetor que utilizo já na pintura em alguns traços”, completa Bracher.
Com posfácio de Angelo Oswaldo de Araújo Santos, o livro tem seu fecho de ouro com um estudo em que analisa a profunda relação entre as Minas Gerais e a secular tradição poética do estado.
Os poemas
“Drummond tinha Itabira dentro de si independente de onde ele morasse. É assim que me sinto também com Ouro Preto, mesmo não tendo nascido aqui. Penso que o mundo do Drummond é extraordinário. A poesia dele é absolutamente encantadora, é completo em todas as fases de sua poesia. ”, reflete Bracher.
Foram reunidos 54 poemas de vários livros de Carlos Drummond de Andrade durante sua trajetória. “Canto Mineral vem com uma nova leitura dos poemas feita com os desenhos do Bracher, e os versos do Drummond acrescentam novos matizes às ilustrações” completa Pedro Drummond.
Desdobrada em subjetividade, Minas aparece na obra do poeta desde os tempos de juventude no interior do estado até sua mudança para a capital e depois como memória viva nos tempos do Rio de Janeiro. Nesse conjunto encontra-se o humor, a crítica e o afeto de Drummond por sua terra, num panorâma revelador de Minas Gerais e da travessia do poeta pelo século XX.
Sobre os autores:
Carlos Bracher é mineiro de Juiz de Fora, nascido em 1940. da Academia Mineira de Letras, Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), realizou exposições individuais no Brasil e no exterior, em museus e galerias da Europa, Ásia e Américas. Entre 2014 e 2015, percorreu o Brasil com a mostra “Bracher: pintura & permanência”, sob a curadoria de Olívio Tavares de Araújo, no Centro Cultural Banco do Brasil, com a qual venceu o prêmio Destaque Especial de melhor mostra do ano, concecido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA).
Entre seus trabalhos mais emblemáticos estão as séries “Homenagem à Van Gogh” (1990), “Do ouro ao aço” (1992), “Brasília” (2007), “Petrobras” (2012) e “Bracher: tributo a Aleijadinho” (2014), que faz uma releitura contemporânea sobre a obra do grande mestre do Barroco. Uma retrospectiva com cinquenta quadros de sua autoria, produzidos entre 1961 a 2006, percorreu diversas cidades europeias (Moscou, Frankfurt, Praga, Estocolmo, Bruxelas, Bruges, Basilea, Dusseldorf, Luxemburgo e Gotemburgo). Teve sete livros publicados, além de diversos lmes e documentários produzidos sobre sua obra.
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) foi um dos mais importantes poetas da língua portuguesa, nascido em Itabira, Minas Gerais. Destacado autor do segundo período do Modernismo brasileiro, estreou em livro com Alguma poesia (1930). Atravessou o século XX publicando obras emblemáticas como Sentimento do mundo (1940), A rosa do povo (1945) e Claro enigma (1951), além de atuar como colunista de jornais como Correio da Manhã e Jornal do Brasil. Morreu no Rio de Janeiro em 1987, aos 84 anos.
Sobre os organizadores:
Joziane Perdigão Vieira é itabirana como o poeta, formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e estudiosa da obra de Carlos Drummond de Andrade. Atua há quinze anos na área de gestão cultural e comunicação social.
Pedro Augusto Graña Drummond é curador da obra de Carlos Drummond de Andrade há mais de trinta anos, artista plástico, desenhista grá co, cenógrafo e produtor cultural. Organizou diversas antologias do autor, sendo a mais recente Uma forma de saudade: páginas de diário (2017). Colaborou em obras derivadas para cinema, dança e áudio-livros, e roteirizou e adaptou textos do poeta para teatro: “Crônica viva” (1990), “O gerente” (1991), “Caminhos de João Brandão” (1994). Foi consultor do evento “Drummond: alguma poesia no CCBB” (1990) e organizador do fórum “Itabira: centenário Drummond” (Itabira, 1999 e 2000).
Assessoria de Imprensa
Duda Las Casas (31) 999811696
Bazar do Tempo
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
Blima
Como posso adquirir o livro agora lançado? Tenho quadros e livros de seu pai e também de sua mãe.
Nos encontramos em Ipatinga quando Bracher pintou ao vivo Dom Lara.
Não dá para ficar sem essa publicação, que reúne dois gênios mineiros. Eduardo Lacerda
Está sendo vendido pela editora Bazar do Tempo. Em BH tem na Livraria Ouvidor. Bjs
Blima
Como posso adquirir o livro agora lançado? Tenho quadros e livros de seu pai e também de sua mãe.
Nos encontramos em Ipatinga quando Bracher pintou ao vivo Dom Lara.
Não dá para ficar sem essa publicação, que reúne dois gênios mineiros. Eduardo Lacerda
Está sendo vendido pela editora Bazar do Tempo. Em BH tem na Livraria Ouvidor. Bjs