Em Ouro Preto

Rômulo Estrela interpreta fábula de Machado de Assis em Ouro Preto

Em.unica apresentação, a CiaTeatro EPIGENIA sobe no palco do Centro de Convenções de Ouro Preto com peça baseada no conto de Machado de Assis.

O famoso ” O Alienista ” , Fábula Patafísica sobre o Cientificísmo Oxidosistêmico!

Com o louco “epistêmico” RÔMULO ESTRELA e direção do “senildodial oblíquo” GUSTAVO PASO, numa versão livremente inspirada no conto do “hiperneural” de MACHADO DE ASSIS. A montagem poderá ser conferida em apresentação única no dia 22 de abril, no Teatro do Centro de Artes e Convenções, em Ouro Preto.

O poder em todas as suas formas, o jogo da corrupção política, protocolos de saúde estapafúrdios, o absurdo da decadência humana, a falta de empatia, o massacre aos direitos humanos. Todas essas características juntas nos soam bastante familiares nos dias atuais, apesar de parecerem distópicas. É justamente esse o enredo da peça “O Alienista”, que fará uma única apresentação no dia 22 de abril, em Ouro Preto, no Teatro do Centro de Arte e Convenções da UFOP.
Com texto de Gustavo Paso e Celso Taddei, a dramaturgia foi livremente inspirada no conto homônimo do imortal Machado de Assis. A nova montagem da CiaTeatro Epigenia comemora 22 anos de fundação do grupo, levando para o palco um elenco com 14 atores/cantores. O espetáculo é protagonizado por Rômulo Estrela, que interpreta o paradoxal personagem de Simão Bacamarte e Luciana Fávero, fundadora da Cia, como a esposa, Evarista. “Machado de Assis foi um homem negro, filho de escravos alforriados, epilético, que mal pôde estudar até sua adolescência. Viveu dentro de um pensamento europeu de que somos fruto do nosso meio. Um determinismo limitante que ele rompeu, tornando-se um dos principais nomes de nossa literatura, além de ter sido um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Machado é um exemplo para o mundo atual, pois mostrou o que podia realizar mesmo com tanta adversidade. Esperamos poder inspirar esse pulsar, essa vitalidade e essa fé de que todos temos essa potência de romper o que nos determinam!” – destaca Luciana Favero – atriz e produtora do espetáculo.
Qualquer semelhança com a realidade que estamos vivendo é uma infeliz coincidência. Na versão de “O Alienista”, da companhia teatral que chega à maioridade colecionando críticas positivas e ampliando seu público com espetáculos ousados, instigantes e com reconhecida qualidade textual, dramatúrgica e cênica, esta montagem repete a parceria com o premiado diretor Gustavo Paso. Desde a sua estreia no Rio de Janeiro, na Cidade das Artes, “O Alienista”, da Cia Teatro Epigenia vem colecionando inúmeras críticas positivas. “Conscientes de que está muito mais difícil criar uma analogia por meio de um mundo distópico com nossa vida, nos apoiamos no absurdo mundo da patafísica para entender a realidade, ou pelo menos para que o teatro possa, mais uma vez, servir de trampolim para espelhar essa sociedade destruída e desalmada que alguns insistem em tentar consolidar”, explica Gustavo Paso – diretor, dramaturgo e fundador da Cia Epigenia.

A Patafísica como inspiração
A patafísica é uma crítica à lógica racional. Examina as leis que regem as exceções. Nas palavras do romancista e dramaturgo francês Alfred Jarry é “a ciência das soluções imaginárias”. A patafísica de Jarry é algo além da metafísica e além da física. Pode também ser vista como paródia: uma celebração bem-humorada do paradoxo, que opera, de modo cômico, a desconstrução do real e sua reconstrução no absurdo. A patafísica explora “elementos dissonantes” de modo a criar não uma síntese, mas uma situação em que as incongruências podem coexistir. Atrás de toda a lógica, esconde-se o monstruoso.
A peça se aprofunda na pesquisa do Dr. Simão Bacamarte, médico renomado e de currículo invejável (mesmo que ninguém entenda as especialidades do doutor na então metrópole imaginária), acerca da loucura. Ele cria um lugar para internar os loucos da cidade sob seus próprios critérios do que é ser louco ou não. Esses critérios mudam conforme o tempo e os interesses – sejam por poder, por dinheiro, por reconhecimento – e geram revolta, golpes, até a falência social e financeira da então metrópole, que é transformada em distrito e, posteriormente, em um simples Vilarejo decadente e subserviente ao Império, no século XIX. Assim presenciamos a ascensão e queda de um louco que chega ao poder e passa a tomar decisões sem consultar previamente os representantes da sociedade, pois estão todos enjaulados no hospício fundado por ele mesmo! Mas isso é apenas uma fábula e sabemos que fábulas não existem!

FICHA TÉCNICA
Dramaturgia Livremente Inspirada na obra “O Alienista” de Machado de Assis
Texto: Gustavo Paso e Celso Taddei
Direção e Cenografia: Gustavo Paso
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Trilha Original e Direção Musical André Poyart
Treinamento Vocal: Dodi Cardoso
Figurino: Graziela Bastos
Adereços: Eduardo Andrade, Renato Ribone, Gustavo Paso, Eduardo Zayit, Malu Guimarães
Direção de Movimento Coro: Edio Nunes
Direção de Arte: Gustavo Paso
Elenco: Rômulo Estrela / Luciana Fávero / Gláucio Gomes / Vitor Thiré / Samir Murad / Dodi Cardoso / Renato Peres / Tatiana Sobral / Tecca Ferreira / Chiara Santoro / Eduardo Zayit / Erick Villas / Laura Canabrava / Renato Ribone
Identidade Visual nas artes gráficas: Putz Creative Studio
Captação de apoio: Gheu Tibério
Produção Executiva: Júnior Godim
Direção de Produção: Luciana Fávero
Produção local: Thiago Maia
Assessoria de Imprensa – A Dupla Informação
Gestão de Redes Sociais – Fernanda Portella
Realização CiaTeatro Epigenia – http://www.epigenia.art e http://@ctepigenia

Annta aí:

CiaTeatro Epigenia(RJ) apresenta espetáculo “O Alienista” em Ouro Preto
Com Rômulo Estrela, Luciana Fávero e grande elenco
Data: 22 de abril – sexta
Local: Teatro do Centro de Artes e Convenções da UFOP – Rua Diogo de Vasconcelos, 328 – Pilar
Horário: 20h
Ingressos: R$30(meia) e R$60(inteira)https://www.sympla.com.br/o-alienista__1543354

Com Blima Bracher #blimabracher http://@blimabracher
Blima Bracher

Blima Bracher é jornalista, formada pela UFMG e Engenheira Civil. Trabalhou doze anos em TV como repórter e apresentadora na Globo e Band Minas. Foi Editora da Revista Encontro e Encontro Gastrô. Escritora, cineasta e cronista premiada.

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