O encontro entre representantes da Prefeitura de Ouro Preto e o arcebispo metropolitano de Mariana, Dom Airton José dos Santos vai estreitar os laços entre as entidades em prol do bem comum: “A Prefeitura de Ouro Preto e a Arquidiocese de Mariana têm um relacionamento muito importante devido a questões envolvendo a cultura e a própria vida social e econômica do povo ouro-pretano. Nós temos muitas parcerias e elas devem ser desenvolvidas sempre com objetividade de maneira a somarmos esforços em favor do bem comum”, destacou o prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo.
Resultado desta parceria, a Arquidiocese vai ceder ao Município uma área da Casa Paroquial em Engenheiro Corrêa para a conclusão das obras de reforma da Unidade Básica de Saúde do distrito. Foi acertada ainda, autorização da arquidiocese para o restauração da imagem de Sant’Ana da Capela da Chapada, obra de autoria do mestre Aleijadinho. Angelo pediu autorização para que o sino da capela do Padre Faria possa ser levado à Bienal de São Paulo, abrindo as comemorações do bi-centenário da Independência do Brasil. Antes, o sino passará por restauração e melhorias serão executadas na torre sineira. “É mais um ponto positivo para a conservação do nosso patrimônio e para a projeção do nome histórico de Ouro Preto, da capela do Padre Faria e da Paróquia de Santa Efigênia”, concluiu o prefeito.
Outros assuntos tratados foram a restauração dos altares da capela de Nossa Senhoras dos Prazeres, em Lavras Novas, e da igreja de São Gonçalo do Amarante, em Amarantina.
Foi a primeira visita do arcebispo à Prefeitura de Ouro Preto após a posse de Angelo Oswaldo. Dom Airton lembrou que a maior concentração do patrimônio histórico, artístico, cultural e religioso do Brasil está na arquidiocese de Mariana, que compreende 136 paróquias em 79 municípios mineiros. “A preocupação da Prefeitura com o patrimônio histórico também é a preocupação da Arquidiocese. Esse patrimônio não é somente de responsabilidade da Igreja. Patrimônio histórico, artístico, cultural: antes de ser tudo isso, ele é religioso. Nasceu da vontade do povo, das pessoas mais simples e até dos grandes artistas da nossa história, tendo como exemplo Aleijadinho. Quem administra e é proprietário desse patrimônio é a Igreja, e temos que preservá-lo, temos que fazer que exista sempre e cumpra com a sua função que é de transmitir a fé, antes de tudo. Depois têm os outros aspectos: artístico, histórico, cultural, que é de toda a sociedade, independente da religião, e por isso o poder público é responsável também”, manifestou o arcebispo.
“Foi uma conversa produtiva no sentido de continuarmos esta parceria com a Igreja Católica em relação às nossas igrejas e paróquias. São solicitações importantes para o nosso município e que foram acolhidas pelo Dom Airton”, pontuou a vice-prefeita Regina Braga.
O encontro aconteceu no auditório do gabinete da Prefeitura e contou ainda com a presença dos secretários municipais de Cultura e Patrimônio, Margareth Monteiro, e da Casa Civil, Zaqueu Astoni, além do diretor de Promoção Cultural, Arthur Carneiro.
Fotos: Ane Souz Superintendência de Atos, Chancelaria e Memória .
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