Otávio Luiz Machado relata em livro vivências em Repúblicas de Ouro Preto - Blima Bracher
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Otávio Luiz Machado relata em livro vivências em Repúblicas de Ouro Preto

Lançamento do livro na Biblioteca Municipal
Imagem: Neno Vianna

Aconteceu nesta quinta-feira, 02/03, o lançamento do livro “Sentido de Pertencimento e Identidade Cultura: Repúblicas Estudantis de Ouro Preto e o Patrimônio Imaterial”, na Biblioteca Pública Municipal. Escrito e organizado pelo historiador, editor e ex-aluno da República Aquarius, Otávio Luiz Machado, o livro relata experiências, pesquisas e vivências do autor, que viveu em Ouro Preto por mais de duas décadas. A publicação foi associada ao Projeto Ouro Preto Patrimônios e contou com apoio cultural da Prefeitura de Ouro Preto, por meio das secretarias de Cultura e Educação, e também da Biblioteca Municipal.

Com a perspectiva de construir um trabalho alinhado com a população local, foi criado, no início de 2022, o Projeto Ouro Preto Patrimônios (PROPATRI) que, de forma colaborativa e participativa, envolve pessoas de diversas frentes. A proposta ganhou verniz especial ao dar enfoque às relações entre vários atores sociais de Ouro Preto, a lugares singulares e ao ambiente cultural plural, multifacetado e místico.

“As repúblicas existem hoje porque os estudantes de Ouro Preto lutaram por elas. Foi em função da busca de imóveis para abrigar alunos que se criou um movimento muito forte nas décadas anteriores para a preservação do patrimônio histórico da cidade. Com mais de um século de contribuição dos estudantes, as repúblicas para Ouro Preto fazem parte da história e do presente da cidade, o que reforça a importância do modo de viver republicano no processo de construção da identidade cultural com Ouro Preto”, diz Otávio Luiz Machado.

O livro tem como foco principal o povo ouro-pretano, sendo desenvolvido a partir de dos relatos de atuais moradores e ex-alunos das repúblicas. Segundo o autor, o registro da vida republicana da Universidade Federal de Ouro Preto como patrimônio imaterial municipal vai além do reconhecimento cultural, “é um instrumento para que a comunidade republicana possa fazer muito mais pela cidade”.

Para a secretária Municipal de Educação, Déborah Etrusco, o pertencimento, a identidade e a história dos estudantes se mistura com a história de Ouro Preto: “Esse pertencimento da cidade com a história das repúblicas e com as histórias de vida das pessoas é muito importante, pois é algo que fica marcado na vida da gente pra sempre”, disse ela.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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