Em Ouro Preto

“Não posso anular tudo em uma canetada” , diz Angelo Oswaldo

Atual prefeito culpa gestões anteriores pela situação do saneamento no município – Foto: Isabela Vilela / Agência Primaz

Durante a 1ª reunião da Mesa de Diálogo, que estuda os meios de transição da Saneouro para uma autarquia municipal, o prefeito de Ouro Preto, Ângelo Oswaldo (PV) argumentou sobre o percurso da cidade até chegar à situação atual de saneamento. De acordo com o prefeito, a retirada da Saneouro não foi uma “promessa de campanha“, mas sim um “compromisso” com a população. Com a entrega do Relatório Final do Grupo de Trabalho, a remunicipalização do serviço de água e esgoto foi posta como melhor alternativa para o município.

Apesar do fim do Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE), Angelo apontou os “culpados” pelo sucateamento e extinção da autarquia. Segundo o prefeito, no início das operações, a partir de 2005, o SEMAE “funcionava razoavelmente bem“. Durante a gestão do ex-prefeito José Leandro (PSC), segundo Oswaldo, a autarquia passou por uma tentativa de privatização, “mas como ele não conseguia maioria na Câmara ele refluiu, ele voltou atrás, ele não privatizou“, completou.

Angelo acusou outros adversários em períodos eleitorais anteriores de implantar “pessoas fantasiadas com uniformes da Copasa na rua” para intimidar a população. O opositor político, que o próprio prefeito admite ser Júlio Pimenta (MDB), ainda teria prometido que não colocaria a Copasa no município, já que a população encarava como altas as tarifas da companhia estadual. “’Não vou pôr a Copasa’, mas pôs a Saneouro“, exclamou o prefeito. “Mais ou menos na calada da noite ele privatizou o SEMAE”, continuou o prefeito sobre a gestão de Pimenta.

Apesar dos problemas apontados pela própria CPI e pelo Processo Administrativo em andamento, Oswaldo diz não poder fazer a extinção do contrato de forma imprudente. É preciso objetividade e segurança jurídica para processo de extinção do contrato, “não posso anular em uma canetada não”, completa o líder do executivo.

Para isso, a Prefeitura diz estar ouvindo secretários, especialistas, juristas e movimentos em busca da consolidação da remunicipalização do serviço de água e esgoto. Segundo ele, “a água na torneira é um produto industrial que tem um custo”, e por isso, a universalização da fatura é o mais justo, em união com a aplicação da Tarifa Social. Citando casos de sucesso de autarquias municipais, como Itabirito, Angelo argumenta que a continuidade administrativa é essencial para a consolidação de um serviço público de qualidade.

Blima Bracher

Blima Bracher é jornalista, formada pela UFMG e Engenheira Civil. Trabalhou doze anos em TV como repórter e apresentadora na Globo e Band Minas. Foi Editora da Revista Encontro e Encontro Gastrô. Escritora, cineasta e cronista premiada.

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