Mais um reconhecimento ao trabalho realizado na Casa de Cultura Negra de Ouro Preto - Blima Bracher
Blima Bracher

Mais um reconhecimento ao trabalho realizado na Casa de Cultura Negra de Ouro Preto

Imagem: Neno Vianna/ PMOP
O reconhecimento das políticas de valorização da memória e identidade do povo negro em Ouro Preto segue ganhando destaque nacional. O diretor de Igualdade Racial da Prefeitura Municipal, Kedison Guimarães, foi convidado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para compor a comissão de seleção do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, promovido anualmente pela instituição.

“Mais um reconhecimento ao trabalho realizado na Casa de Cultura Negra de Ouro Preto, que promove a convergência de todos aqueles que trabalham os grandes temas da cultura negra e afro-brasileira”, ressaltou o prefeito Angelo Oswaldo. Inaugurada em 2008, a Casa de Cultura Negra propõe a realização de atividades sociais e educativas, além do fortalecimento e valorização das tradições da pessoa negra.

Ao integrar a comissão de seleção do prêmio, Kedison se junta ao esforço de reconhecer iniciativas transformadoras em todo o país. “Minha expectativa é de que possamos valorizar as experiências que fortalecem o patrimônio cultural a partir das vozes, dos trabalhos e das lutas de todas e todos que sonham com um país mais justo”, destacou.

Reconhecimento

Em 2024, a Casa de Cultura Negra de Ouro Preto foi agraciada com o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, pela preservação da história e das contribuições negras para a cultura nacional. A premiação aconteceu em Brasília, e o tema da edição foi a “Promoção da Igualdade Racial”, em comemoração aos 20 anos da Lei nº 10.639, que estabelece o ensino da história da África nas escolas brasileiras.

“Trata-se da principal premiação do país no campo da preservação e valorização do patrimônio cultural, e tê-lo recebido em um ano em que a temática foi a promoção da igualdade racial trouxe um significado ainda mais profundo. O prêmio deu visibilidade a ações que, muitas vezes, são invisibilizadas, mas que são fundamentais para a construção de uma memória mais justa, plural e representativa”, frisou Kedison.

O Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade é promovido pelo Iphan desde 1987, como mecanismo de fomento às ações de preservação e salvaguarda do patrimônio cultural brasileiro que, em razão da sua originalidade, relevância e caráter exemplar, mereçam registro, divulgação e reconhecimento público. Este ano, o tema será “Patrimônio Cultural, Territórios e Sustentabilidade”.

Texto: Yan Lucas

Revisão: Victor Stutz

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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