O projeto de implantação do Parque Arqueológico do Morro da Queimada em Ouro Preto foi aprovado pelo CNIC/MinC em 21 de dezembro de 2005. Em 2006 e 2007 foram captados recursos que estão sob a responsabilidade do Museu de Arte Sacra do Carmo – Paróquia do Pilar, tendo obtido patrocínios da Caixa Econômica Federal, do Programa Petrobrás Cultural e da Novelis do Brasil S/A.
Em 17 de junho de 2009, foi formalizada a adesão da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ao projeto e agora o coordenador geral desde 2004, Benedito Tadeu de Oliveira, apresentou ao prefeito Angelo Oswaldo os pormenores e os motivos pelos quais essa implantação é importante para o Município.
Benedito, que foi diretor do IPHAN por sete anos, revela não ter dúvidas que o projeto do Parque Arqueológico Morro da Queimada é de longe o mais importante de Ouro Preto. “Os motivos são vários, um dos principais é que vai conseguir mudar toda a dinâmica do turismo em Ouro Preto, vai gerar um benefício social muito grande, com emprego e renda para àquelas comunidades, revelando toda nossa história da mineração. Outro motivo é que ele vai resolver, em parte, um dos maiores problemas da cidade que é a destruição da paisagem”. Sobre a assinatura do decreto de composição do conselho, Benedito afirma que isso comprova que o prefeito vai colocar esse projeto como prioridade.
O prefeito Angelo Oswaldo entende essa implantação como um dos projetos mais importantes não só para Ouro Preto, mas numa dimensão do Estado de Minas Gerais, do Brasil e do contexto internacional. “Estamos todos interessados em ver implantado esse projeto pelas dimensões variadas que ele tem e porque se torna um modelo de parque completo, que vai permitir também que as comunidades residentes em volta e em parte dele tenham um desempenho social e econômico. Isso vai gerar mais empregos, gerar mais renda para a comunidade, proporcionando esporte, lazer, educação, ciência para os ouro-pretanos, moradores do entorno do parque e por toda a parte de Ouro Preto”.
A importância desse Parque engloba também a história, pois no início do século XVIII, o auge da exploração aurífera, essa região foi palco da Revolta de Felipe dos Santos, figura importante no contexto da Inconfidência Mineira o qual foi morto brutalmente em 1720. Esse momento da história do Morro da Queimada foi a origem de seu nome, pois toda a região foi queimada e a população dizimada. A preservação desse espaço, bem como a conservação do meio ambiente é de extrema importância para a cidade de Ouro Preto e todos os moradores do Município.
Margareth Monteiro, secretária de Cultura e Patrimônio, destaca a relevância desse projeto. “Isso fará com que a comunidade do local entenda a importância do espaço e que nos ajude a preservá-lo. Ali nós temos ruínas muito importantes, um moinho, relógio de sol, sarilhos… são resquícios de um período muito importante para Ouro Preto. Vamos trazer, com a criação do parque, atividades para a comunidade, difundir para o mundo que um parque arqueológico é um grande multiplicador da memória nacional, que é uma parte importante de Ouro Preto e uma forma de fazer com que a comunidade se torne guardiã desse espaço”.
O secretário da Casa Civil, Zaqueu Astoni, enfatiza que esse projeto será um equipamento turístico de magnitude internacional, com todos os reflexos positivos no que tange à economia, à educação patrimonial, tanto para a cidade de Ouro Preto quanto para os moradores do entorno. “Hoje é um dia histórico que marca a retomada desse importante projeto e com o compromisso da administração do prefeito Angelo da sua efetiva implantação, tal como foi feito em seus últimos mandatos com o parque das andorinhas e o horto dos contos. À época em que eu exercia a função de secretário de Cultura e Patrimônio, tive o privilégio de receber uma delegação da UNESCO e eles destacaram que o Morro da Queimada tem todos os atributos para se tornar patrimônio mundial individual, tamanha sua importância para Ouro Preto, para o Brasil e para o mundo”.
Chiquinho de Assis, secretário de Meio Ambiente ressalta que essa consolidação é de interesse do Município e de uma vez por todas vai fazer acontecer o monumento arqueológico do Morro da Queimada. “Conhecendo os pormenores desse projeto e efetivando esse encontro com a assinatura do prefeito, legitimando o Conselho Municipal dessa unidade de conservação tão importante, que hoje passa a compor o mosaico federal de unidades de conservação da Serra do Espinhaço e do Quadrilátero Ferrífero. Esse projeto vem consolidar o acesso da população não só de Ouro Preto, mas internacional, tanto para lazer quanto para estudos, viabilizando a unidade de conservação, a preservação desse monumento da história colonial mundial”.
Quem quiser saber mais sobre o projeto, a história e todo trabalho que vem sendo realizado desde a sua elaboração, acesse o site: http://morrodaqueimada.fiocruz.br/index.php.
Também estiveram presentes o secretário de Governo, Felipe Guerra, de Educação, Rogério Fernandes, e a secretária adjunta, Débora Etrusco, e a equipe da coordenação do projeto.
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