Economia Criativa é tudo de bom - Blima Bracher
Blima Bracher

Economia Criativa é tudo de bom

“O estudo mais conhecido sobre o tema, que chegou à quinta edição, é publicado periodicamente pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN, 2016). Segundo estimativas do estudo, indústrias criativas e culturais do Brasil foram responsáveis por gerar R$ 155,6 bilhões em 2015, o que representou 2,64% do PIB brasileiro naquele ano. No mesmo ano, essas indústrias empregaram 851,2 mil pessoas, ou 1,8% do total de empregos formais no Brasil (BNDES, 2018). Como veremos mais adiante, Ouro Preto, em termos de empregos formais, empregou proporcionalmente mais que 1,8%”.

Realizado pela Diretoria de Estudos Econômicos, o relatório está dividido nos seguintes tópicos: caracterização da economia criativa; estratégia empírica; mensurando a economia criativa de Ouro Preto; rendimento médio real; rendimentos médios por atividade e; considerações finais.

Em Ouro Preto, o setor da Economia Criativa viabilizou, no período de 2006 a 2021, uma média de 606 empregos formais por ano e, em 2014, foram registrados 788 postos de trabalho. No entanto, em 2018, o esse número diminuiu para 255, o que foi revertido em 2019, no qual os empregos em economia criativa saltaram 113,7% de 2018 a 2021. Em termos nominais, isso significa a geração de 290 postos de trabalho formal.

Sobre o rendimento médio, houve um aumento, pelo menos em parte, pela entrada de mais pessoas com escolaridade superior completo e incompleto nas atividades de prestação de serviços de informação e de tecnologia da informação. Essas agendas relacionadas à área de Tecnologia cresceram nos últimos anos, especialmente no período da pandemia e, por isso, tem demandado mais profissionais.

Outro ponto levantado pelo estudo, em termos gerais, foi que as contratações do ano de 2021 ocorreram em maior proporção para pessoas do sexo masculino, com concentração, principalmente, nas atividades ligadas à tecnologia.

Por fim, segundo o estudo, os rendimentos reais como um todo tiveram uma queda no último ano, reflexo de uma alta inflacionária generalizada na economia brasileira, mas se considerarmos a série 2006-2020, o aumento real do rendimento médio é superior a 200%. E, mais uma vez, os ganhos médios maiores são para as atividades de tecnologia, que em 2021 alcançaram R$ 6280,00 e R$ 4265,00.

Leia o estudo na íntegra pelo link: https://ouropreto.mg.gov.br/static/arquivos/menus_areas/economia_criativa2021.pdf?dc=4779

Texto: Nathália Souza / Revisão: Victor Stutz

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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