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Distritos de Ouro Preto: cachoeiras, boa comida e ecologia

Ouro Preto oferece um entorno rico em cachoeiras, ecologia, boa comida, religiosidade e clima rural. São os distritos, cercados de natureza e tranquilidade. De olho neste potencial turístico, a Prefeitura de Ouro Preto está consertando as estradas e acessos a essas pequenas joias que cerca o centro histórico.  Segue abaixo, trecho do livro Ouro Preto-Olhar Poético, de Carlos Bracher:              “Os distritos                                       ….Os distritos perfazem o extenso emolduramento das terras e caminhos à volta de Ouro Preto e têm implícita importância: por serem resguardados ainda na pureza original do que eram, por manterem as tradições e pelo bucólico encantamento rural que nos despertam, um algo perdido nas cidades.
Se quisermos o passado, são eles, os distritos. E são tantos, distintos: o outrora quilombo de Lavras Novas (da igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, cujo povo devoto a tudo louva, dizendo: “na graça de Deus e de Nossa Senhora dos Prazeres…”), hoje com deliciosas pousadas e restaurantes, refúgio de pessoas sensíveis e berço do escultor Advânio; São Bartolomeu da igreja do sino de madeira; Amarantina das Cavalhadas e do sítio do Marcos de Andrade; Santo Antônio do Leite dos artesanatos e riquíssimas pousadas; Santa Rita dos artesãos em pedra-sabão; Glaura da grande igreja de Santo Antônio; Cachoeira do Campo da bela Matriz de Nossa Senhora de Nazaré: Soares dos nossos irmãos de afeto, Mauro, Cláudia e Mariana, oásis de encontro de inumeráveis amigos, entre os quais Arthur e família, os filhos do Mauro, Sérgio Queiroz, Eguinoa e Aluízio Drummond, e bem pertinho de Ouro Preto, a casa bem mineira de Paulo Rogério, no Botafogo.
Estar nos distritos é ter o Tempo, tê-lo todo, poeticamente intacto, sem transgressões e sem pressa. As pessoas, as matas, os córregos, os cultos invulneráveis de festas comoventes, procissões de onírico sentimento humano que não mais se encontra, só encantamento, silêncio e um certo vazio da própria alma.
Lentamente, na nobreza da inocência vem o cortejo solene, entronizado pelo Velho Rei Congo e a Velha Rainha, com suas dignidades de rugas expostas, acompanhados de cavaleiros mouros e cristãos, as virgens e figuras bíblicas, contornados pelos anjos das meninas do lugar. Toda comunidade participa na convulsiva libação entre o profano e o divino, cantando, louvando:

O Deus , salve o oratório,
onde mora a cálix bento
e a hóstia consagrada
De Jessé nasceu a vara
e da vara nasceu flor,
e da flor nasceu Maria,
de Maria, o Salvador…”por Carlos Brachercom Blima Bracher #blimabracherhttp://@blimabracher

Blima Bracher

Blima Bracher é jornalista, formada pela UFMG e Engenheira Civil. Trabalhou doze anos em TV como repórter e apresentadora na Globo e Band Minas. Foi Editora da Revista Encontro e Encontro Gastrô. Escritora, cineasta e cronista premiada.

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