Em Ouro Preto

Balanço da Cobra completa 50 anos no Carnaval de Ouro Preto

Em 2025, o Carnaval de Ouro Preto será marcado por uma celebração especial: os 50 anos do Balanço da Cobra. Criado em 1975, o bloco se tornou um símbolo da folia local, com suas marchinhas irreverentes e sátiras sociais.
A ideia para a criação do Balanço da Cobra surgiu em 1975, durante uma conversa descontraída entre as professoras Maria Aparecida Zurlo (Cida) e Maria das Graças Rigueira Alvares, e o músico Daniel D’Olivier. Em um sábado no Restaurante Chafariz, Cida propôs a criação de um bloco de carnaval. “Surgiram vários nomes, mas o ‘Balanço da Cobra’ foi aceito imediatamente. Fomos de mesa em mesa pedir dinheiro para começar o bloco e conseguimos 12 cruzeiros, com os quais compramos pano e providenciamos jornal para fazer o corpo da cobra”, conta Cida.
Desde então, o bloco cresceu e se tornou um dos maiores símbolos do Carnaval de Ouro Preto. Sua primeira cabeça de cobra foi criada pela artista e designer Lili Corrêa de Araújo, e a segunda pelo artista plástico, Vandico. A terceira cabeça, que permanece até hoje, foi desenhada pelo ilustrador Marcelo Xavier.

Ao longo dos anos, o Balanço da Cobra se consolidou como um bloco irreverente, conhecido por suas marchinhas e por trazer críticas sociais com muito humor. Todos os anos, uma camiseta especial é criada por um artista diferente, com a primeira sendo desenhada por José Alberto Nemer e, desde então, artistas como Scliar, Éolo Maia, Amílcar de Castro, Jorge dos Anjos, Carlos Bracher Roberto Sussuca e Ronaldo Fraga contribuíram com suas criações.
“O Balanço da Cobra é uma verdadeira marca do Carnaval de Ouro Preto. A cada ano, o bloco se reinventa, mantendo viva a chama da tradição e da cultura local. Neste ano, ao celebrarmos os 50 anos desse símbolo, queremos reforçar o valor do carnaval como um espaço de expressão, união e alegria para todos os ouro-pretanos e visitantes”, afirma o Secretário Municipal de Cultura e Turismo, Flávio Malta.

Blima Bracher

Blima Bracher é jornalista, formada pela UFMG e Engenheira Civil. Trabalhou doze anos em TV como repórter e apresentadora na Globo e Band Minas. Foi Editora da Revista Encontro e Encontro Gastrô. Escritora, cineasta e cronista premiada.

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