Em Ouro Preto

Arquivo de 270 anos é fonte de pesquisa em Ouro Preto

Na leitura do Livro de Acórdãos de Vereança da Câmara de Vila Rica, 1751-1754, foi localizado o termo de vereação datado 11 de agosto de 1751, em que consta a aprovação da proposta do procurador Manoel da Costa Coelho para a criação de um arquivo “para organizar, manter e conservar a documentação produzida” pela instituição. O dia 11 de agosto comemora-se, então, os 270 anos de criação deste espaço de memória, história, identidade e acima de tudo, cidadania. O arquivo é o lugar de salvaguarda de direitos e de custodia dos papéis públicos.

Na primeira década do século XX, parte da documentação do Fundo Câmara Municipal foi transferida para a nova Capital de Minas e hoje é custodiada pelo Arquivo Público Mineiro, instituição criada em Ouro Preto por José Pedro Xavier da Veiga em 1895.

Hoje, o acervo do Arquivo Público Municipal de Ouro Preto é composto por uma vasta documentação administrativa e legislativa produzida pela Câmara Municipal (Fundo CMOP) e pela Prefeitura de Ouro Preto (Fundo PMOP), no exercício da administração pública, além de acervos familiares: Fundo Tonico Zelador, Fundo Família Xavier da Veiga e de uma rica coleção de impressos (jornais, revistas, livros).

São mais de mil livros e cerca de 260 mil documentos avulsos que cobrem principalmente a segunda metade do século XIX e o século XX. Entre os documentos, destacam-se o Livro de Acórdãos de Vereança, de 1784-1789, envolvendo período da Inconfidência Mineira; os Contratos de Melhoramento da Capital, de 1891; os Processos de Aforamento de Terrenos da Fabrica de Tecidos de 1887; o Regulamento de Veículos, de 1929; o Livro de Atas do Conselho Consultivo Municipal de 1931-1948 e, entre os documentos mais recentes, temos a Carta Geotécnica de Ouro Preto de 1980 e Carta de Ouro Preto de 1984, assinada por importantes políticos brasileiros do movimento.

Os fundos familiares são compostos por correspondência pessoais e políticas, fotografias, jornais, cartões, livros de oração, registros oficiais pessoais, entre outros. Sua rica documentação é acessada por pesquisadores de várias instituições acadêmicas e de pesquisa, que buscam, através dos registros aqui salvaguardados, recuperar a história deste patrimônio de Minas, do Brasil e de toda a humanidade. Por outro, lado é também o lugar em que o cidadão da cidade vem a procura de documentos que garantam seus direitos.Texto: Helenice Oliveira Foto: Ane Souz

Blima Bracher

Blima Bracher é jornalista, formada pela UFMG e Engenheira Civil. Trabalhou doze anos em TV como repórter e apresentadora na Globo e Band Minas. Foi Editora da Revista Encontro e Encontro Gastrô. Escritora, cineasta e cronista premiada.

Posts Recentes

Essa pirua tá bem Mandraka hoje

E eu que 'thanks God" vivi para ver o conceito Mandraka influenciar de novo a…

24 de novembro de 2025

Ela a beijou, e o beijo nao precisava marcar paixão, nem tampouco a promessa de um reencontro

Ela a beijou como a extensão de sua própria carne: tenra, macia, suave, sem pelos…

21 de novembro de 2025

Crônica, por Blima Bracher neste dia da Consciência Negra. Homenagem a Chico Rey, do livro “Lira da Inconfidência “

No meu batuque, se não entro eu, tu não vai entrar Vila Rica de pulsos…

20 de novembro de 2025

Porque insistem, oh velhas pedras?

Porque insistem, velhas pedras, a me sustentarem o corpo? Porque trouxeram-me os tempos de volta…

19 de novembro de 2025

Minha relação de amor e ódio com um senhor italiano nas ruas de Belo Horizonte

Quando o conheci, ele já era um senhor de meia idade. Eu, uma menina recém…

18 de novembro de 2025

Neste novembro chuvoso, trago Lendas Urbanas de BH

Lendas urbanas de BH No alto de um descampado havia uma kafua, onde morava uma…

17 de novembro de 2025

Thank you for trying AMP!

We have no ad to show to you!