Em Ouro Preto

25 anos de preservação da cultura do manuseio em Pedra Sabão

Largo de Coimbra,1880
Imagem: Marc Ferrez
Texto: Davi Saporetti

Situada no Largo de Coimbra, a Feirinha de Pedra Sabão, como é popularmente conhecida, se tornou oficialmente a Associação de Expositores do Largo do Coimbra (ADELC) em 1999. Porém, teve seu início em 1995, quando seu funcionamento já era instaurado à frente da Igreja São Francisco de Assis. Atualmente a Feirinha conta com aproximadamente 76 artesãos, expositores e comerciantes.
Relatos contam que o local na qual os comerciantes estão localizados era usado para comércio e troca de mercadorias desde 1824, sendo o primeiro mercado municipal de Ouro Preto. No entanto, a Feirinha como é conhecida hoje, teve seu início por volta de 1968 no adro da Igreja de São Francisco de Assis, com cerca de três famílias de artesãos. Anos depois, o grupo de expositores viraria a ADELC e em 2016 a Feirinha de Pedra Sabão recebeu o título de utilidade pública do município de Ouro Preto.

Atualmente, os mais de 70 membros estão ligados a oficinas de prata, lapidações de minerais, pinturas e ao manuseio da arte em pedra sabão, preservando a cultura que permeia em Ouro Preto desde o Brasil colônia. O secretário de cultura e turismo Flávio Malta, ressalta a importância da conservação e valorização da Feirinha: “Bom, a Feirinha é de suma importância para Ouro Preto tanto do ponto de vista cultural, pela preservação e continuidade do manuseio em pedra sabão, quanto do ponto de vista econômico, tendo em vista as centenas de famílias que são sustentadas pelo comércio desta região. Além disso, é um atrativo para os turistas que nossa cidade recebe, sendo além de somente uma área de comércio, e sim um ponto turístico que só agrega à Ouro Preto”

O dia 22 de novembro de 2024 não só celebrou os 25 anos da associação, e sim o tempo que esses artistas preservam e promovem a cultura do manuseio da rocha abundante na região. A Feirinha também é de grande importância para a promoção do turismo de Ouro Preto, sendo um grandioso ponto turístico na tricentenária. Além disso os artesanatos tem um caráter sustentável, uma vez que as peças são esculpidas cuidadosamente de forma manual, sem processos industriais que danificam o meio ambiente.
O horário de funcionamento da Feirinha é de segunda a segunda das 7h às 19h.

Blima Bracher

Blima Bracher é jornalista, formada pela UFMG e Engenheira Civil. Trabalhou doze anos em TV como repórter e apresentadora na Globo e Band Minas. Foi Editora da Revista Encontro e Encontro Gastrô. Escritora, cineasta e cronista premiada.

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