Carlos Bracher segue para a Pampulha, inaugurando a terceira e última fase de produção do projeto “Belo Horizonte, Cidade da Cultura – Pampulha, Patrimônio Cultural da Humanidade”
O artista vem trabalhando incessantemente na produção de um painel, que será composto por três grandes telas, que será integrado ao acervo da Pinacoteca Cemig Minas Gerais, que será instalada futuramente no Prédio Verde, onde funciona a sede do IEPHA/MG.
A capital mineira vem recebendo desde o último dia 17, duas etapas importante de execução do projeto “Belo Horizonte, Cidade da Cultura – Pampulha, Patrimônio Cultural da Humanidade”. Concebido e executado pelo renomado Carlos Bracher, um dos artistas mineiros mais reverenciados em todo o mundo, a proposta consiste na concepção e na produção, ao vivo, de um painel instalação, em formato tríptico, composto por duas telas de 3 metros de altura por 5 metros de largura e, ao centro, uma tela de 3 metros de altura por 7 de largura, que será instalado posteriormente na capital mineira. O processo de produção da obra teve início em Ouro Preto e será finalizado em Belo Horizonte. Todo o processo criativo está sendo documentado em fotos e vídeos. A entrega oficial da obra será realizada no dia 31 de outubro, durante uma cerimônia aberta que contará com a exibição do documentário. O projeto tem o patrocínio da Cemig, a Companhia Energética de Minas Gerais, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e conta com a chancela da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, a Secult.
A obra, que será apresentada em formato de exposição permanente, tem sua concepção norteada pela transferência da capital de Minas Gerais, da antiga Vila Rica para Belo Horizonte. A cidade projetada para ser uma referência, a partir do traçado urbanístico de Aarão Reis, foi inaugurada em 12 de dezembro de 1897. Para representar a cidade e todas as suas nuances, Bracher optou por reunir diferentes técnicas, como pintura, escultura, plotagem de textos, vídeos e música, criando um cenário tridimensional. A proposta é que o espectador percorra todo o painel de forma lúdica e interativa, compreendendo as etapas e os personagens que foram determinantes na história. Desta forma, o painel “Belo Horizonte, Cidade da Cultura – Pampulha, Patrimônio Cultural da Humanidade” irá retratar o caráter dinâmico e multicultural que a capital mineira foi desenvolvendo com o passar do tempo. A cidade é hoje referência nacional em diversas áreas, como música, teatro, artes plásticas, dança, literatura, arquitetura, moda, esporte, gastronomia, entre outros. A conquista do título de Patrimônio Cultural da Humanidade conferido ao Conjunto Moderno da Pampulha é uma clara referência à importância desta cidade para o mundo.
“Tem sido um processo muito gratificante poder desenvolver este trabalho tão especial diante do olhar do público, que pode acompanhar todo o meu processo criativo. Já tive experiências semelhantes em outros momentos da minha carreira, mas nada se assemelha com a importância e a intensidade que esta obra exige”, destaca Carlos Bracher.
Com este trabalho, Bracher reafirma sua paixão por estas duas cidades, que abrigam suas moradas. Com isso, o artista pretende reverencia grandes personagens da história de Minas e do Brasil, como os inconfidentes e seu grande mártir, o Tiradentes. Em 1924, Ouro Preto, considerada como o berço de Minas e da liberdade, foi palco de um célebre encontro dos Modernistas na cidade, atraindo nomes como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, além do suíço francês Blaise Cendrais.
No painel de Bracher, há espaço para uma conexão imaginária entre as montanhas de Ouro Preto e os personagens da nova capital, reverenciando a nova geração de poetas e intelectuais que fizeram história na cidade, incluindo nomes como Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava, Abgar Renault e Emílio Moura, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende, Hélio Pellegrino, Murilo Rubião, Roberto Drummond, Afonso Ávila, Rui Mourão, entre outros.
A noção de modernidade e de vanguarda floresce de forma exponencialmente durante a gestão do jovem prefeito Juscelino Kubitschek, que contrata Oscar Niemeyer, Cândido Portinari, João Ceschiatti, Burle Marx, Athos Bulcão para edificarem o Complexo da Pampulha; Guignard para a Escola de Artes; o maestro belga Arthur Bosmans e Curt Lange para montarem a Orquestra Sinfônica de Belo Horizonte.
Ainda no campo da arquitetura, a cidade ainda conta com inúmeras outras referências importantes, como Praça da Liberdade com seus prédios neoclássicos; o Palácio das Artes; o Cine-Theatro Brasil Vallourec; o Parque Municipal, os edifícios em estilo art decó, além do famoso Edifício Niemeyer, também na Praça da Liberdade.
O grande painel de Bracher ainda reserva espaço para retratar a nossa estreita relação com a gastronomia, com a moda e também com os esportes. Em função da sua capacidade de retratar uma parte significativa da nossa história, a proposta é que o painel receba visitação de alunos das escolas das redes pública e privada, tornando-se uma referência para a compreensão dos fatos históricos que envolvem as duas cidades e que foram determinantes para a cultura brasileira.
Cemig: a energia da cultura
A Cemig é a maior incentivadora de cultura em Minas Gerais e uma das maiores do país. Ao longo dos seus 70 anos de fundação, a empresa investe e apoia as expressões artísticas existentes no estado, por meio das leis de dedução fiscal estadual e federal, de maneira a abraçar a cultura de Minas Gerais em toda a sua diversidade.
Além de fortalecer e potencializar as diferentes formas de produção artística e cultural no estado, a Cemig se apresenta, também, como uma das grandes responsáveis por atuar na preservação do patrimônio material e imaterial, da memória e da identidade do povo minero.
Anota aí: Carlos Bracher dá continuidade à produção do painel “Belo Horizonte, Cidade da Cultura – Pampulha, Patrimônio Cultural da Humanidade”, com série de performances live-painting na Pampulha
Data: 26 de outubro – quinta
Horário: a partir das 13h
Local: área externa da Igreja São Francisco de Assis(Avenida Otacílio Negrão de Lima, 3.000 – Pampulha – BH/MG)
Entrada Franca
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